sexta-feira, 20 de outubro de 2017

MINISTRO DO TURISMO CONSIDERA DE INFELIZ DECLARAÇÕES DE PEDRO PIRES



O ministro do turismo considerou de infeliz as declarações do ex-presidente cabo-verdiano Pedro Pires que afirmou ontem que a Guiné-Bissau vive uma crise institucional resultante de uma interpretação pessoal da Constituição do país e do desejo de mais poder.

Fernando Vaz afirmou ainda que Pedro Pires foi contraditório a si mesmo por declarar não ter acompanhado a situação da GB.

«Eu acho que o presidente Pedro Pires quis referir-se ao presidente da República da Guiné-Bissau mas foi infeliz na sua declaração porque faz a afirmação sem dizer como é que o José Mário Vaz faz a interpretação pessoal da nossa Constituição? São declarações que consideramos avulsas mas o próprio pedro Pires é contraditório ao dizer que desde que deixou a presidência cabo-verdiana, não tem acompanhado a situação do país. Mas se alguém não sabe o que se passa na Guiné-Bissau, como saber que a Constituição está a ser interpretada mal? Queremos lhe dizer (Pedro Pires) que de chefe de logística militar passou para grande constitucionalista. Infelizmente a GB não precisa desse tipo de constitucionalista», avisou.

Por outro lado, vez saber que José Mário Vaz não vem de uma escola de ditadura de partido único e nunca pertenceu aos regimes que fuzilavam pessoas só porque se opinavam de forma diferente. “ A nossa constituição foi um casaco feito a medida para alguém por conceder poderes ao presidente da República que pode transformar no regime presidencialista e semipresidencialista. O artigo 68 da Constituição, alínea n, diz que o presidente pode presidir o conselho de ministros quando entender o que significa que o presidente da República tem poderes constitucionais para se transformar em primeiro-ministro quando bem entender”, explica Vaz. 

De referir que o antigo presidente Cabo-verdiano considerou igualmente que a crise guineense resulta de um conflito institucional em que o Presidente da República quer mudar o regime sem ter que fazer a mudança da Constituição.

Por: Nautaran Marcos Có/radiosolmansi com Conosaba

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