segunda-feira, 3 de outubro de 2016

ESTUDANTES GUINEENSES NO BRASIL PERDERAM VISTO DEVIDO A FALTA DE PASSAPORTE


Os estudantes guineenses no Brasil continuam a correr risco de deportação devido a falta de passaporte e alguns já perderam visto e as autoridades do Brasil deram 30 dias para a sua legalização, prazo esse que já expirou
Esta situação persiste há mais de 3 meses e os estudantes haviam lançado grito de socorro através da RSM e na altura as autoridades tentaram conceder passaporte aos guineenses mas foi insuficiente, segundo Cristiano Sanca, porta-voz dos estudantes guineenses no Brasil. Cristiano acusa as autoridades de Bissau de falta de responsabilidade.
“Alguns estudantes já perderam o visto justamente pela falta de responsabilidade dos nossos governantes. A denúncia que fizemos no passado teve reacção por parte das autoridades de o antigo governo de Carlos Correia e na altura a secretária de estado de cooperação deslocou até ao Brasil onde trouxe 50 passaportes e os restantes ainda não chegaram e até agora a situação persiste”, explica.
Segundo Cristiano alguns estudantes guineenses correm risco de deportação dentro de um mês, caso esta situação não for resolvida e a defensória pública continua a manter a situação.
Os estudantes pedem mais apoios das autoridades guineenses porque correm riscos sérios de racismo e de preconceitos.
Questionado sobre os apoios do Estado para os estudantes guineense, Cristiano Sanca disse que estão abandonados e a representação diplomática não funciona normalmente.
“O apoio do Estado praticamente é neutro e a embaixada praticamente não funciona. Desde que a embaixadora chegou ao Brasil em 2009 com o falecido presidente Malam Bacai Sanhá prometeu resolver a situação dos guineenses no Estado de Ceará, mas até então não cumpriu a promessa”, lamenta.
Os estudantes guineenses sempre enfrentam problemas de passaporte. Lembramos que no passado mês de Agosto a RSM fez uma reportagem com os imigrantes guineenses na Rússia, França e Brasil que enfrentavam esta mesma situação e na altura tentamos por várias vezes falar com as autoridades de Bissau mas preferiram não prestar declaração.
Por: Elisangila Raisa Silva dos Santos com Conosaba do Porto

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