quinta-feira, 30 de junho de 2016

GUINÉ-BISSAU: ORÇAMENTO GERAL DE ESTADO PADECE DE DEFICE DE 22 BILHÕES DE CFA


O Ministro das Finanças afirmou esta quarta-feira que o orçamento do país padece de um défice de 22, 4 bilhões de francos CFA por cobrir.

Henrique Horta que falava durante o encontro que a missão do Fundo Monetário Internacional (FMI) mantêm com a imprensa ontem (quarta-feira) disse que o resgate foi o motivo principal da suspensão do programa com o Fundo, porque “havia um nível de endividamento que o país não podia ultrapassar, havia uma assunção de responsabilidades em como os fundos só seriam gastos naquilo que o governo conseguiu colectar o que não foi respeitado”. Feito isso, tinha que ser assumidas as derrapagens, aceitá-las e a partir daí mostrar que há medidas correctivas para inverter a situação”

O ministro garantiu ao FMI que vão tentar corrigir a derrapagem com que o país se vê confrontado, afirmando que a estratégia do governo para suprir o défice de 22.4 bilhões vai implicar o alargamento da base tributária, ou seja “o governo terá que ir nas fontes potências de receitas buscar fundos que possam compensar este défice de 22 bilhões”, frisou.

Para o chefe da missão do Fundo Monetário Internacional Félix Fisher disse terem discutido vários elementos que possam ajudar a fechar as contas para responder a situação fiscal bastante difícil.

Félix Fisher afirmou por outro lado que para o desembolso dos fundos do FMI precisa-se concluir as avaliações dos programas, adiantando que o desembolso vai depender muito das decisões do Conselho de Administração do FMI. “Os elementos para poder concluir as avaliações incluem anulações do resgate bancário e um orçamento realista para o ano 2016”, sublinhando que o pilar do programa concordado era que o governo tinha que gastar o dinheiro existente, e o resgate implicava o ultrapassamento dos gastos públicos por 34 bilhões de francos CFA”, afirmou.

O economista assegurou que o governo comprou carteira tóxica sem ter o dinheiro. “ Portanto o programa do FMI tem um indicador que é o crédito liquida que não foi cumprido. Isto que nos leva a dizer que não podemos desembolsar a próximo tranche ao menos que o resgate seja anulado”, concluiu.

A missão prometeu voltar no próximo mês de Setembro para continuar as discussões para avaliações do programa do fundo e concluir essas discussões. 

Por: Nautaran Marcos Có/radiosolmansi/conosaba

Sem comentários:

Enviar um comentário