segunda-feira, 25 de janeiro de 2016

«UNICEF GUINÉ-BISSAU» PARLAMENTO NACIONAL INFANTIL LANÇOU UM FORTE APELO À NAÇÃO GUINEENSE


O Parlamento Nacional Infantil lançou um forte apelo à nação em face da situação política que abala o país. Em comunicado, Nela Mantija, presidente do Parlamento Nacional Infantil e porta-voz das crianças guineenses, expressou a inquietação das crianças neste período conturbado que a Guiné-Bissau atravessa. “Em nome das crianças Guineenses, queremos que usem o diálogo como meio para a resolução de todos os problemas políticos e sociais que poderão eventualmente desestabilizar o país, causando posteriormente graves consequências para as crianças, os seres mais vulneráveis do país, que neste momento estão à margem do desenvolvimento”, ressaltando “atenção, queremos relembrar-vos de um famoso ditado que o nosso saudoso líder Amílcar Lopes Cabral dizia: “ as crianças são flores da nossa luta e a razão principal do nosso combate”.

A declaração, divulgada em 14 de janeiro, constitui manifestação do exercício do direito das crianças de se exprimirem livremente sobre as questões que lhes dizem respeito (Art.º 12º da Convenção das Nações Unidas sobre os Direitos da Criança). Muitas vezes esquecidas ou marginalizadas no debate público que privilegia a palavra dos adultos, dar voz às crianças é reconhecer o seu direito de participar ativamente nos processos decisórios que direta ou indiretamente as afetam. Na crise presente, o comunicado do Parlamento Nacional Infantil exprime as perspetivas e opiniões das crianças sobre a crise e o seu impacto negativo no quotidiano da vida das crianças guineenses.

No comunicado, Nela Mantija relembrou aos decisores políticos - seus pais, mães, tios, tias e avós - que assinaram um Compromisso para com as crianças guineenses, no âmbito do manifesto do Movimento Republica di Mininus Hoje, e que apoiaram consequentemente a adopção da proposta de Agenda Nacional para as Crianças Guineenses. As crianças exigem por isso que os adultos respeitem esses compromisso, e que usem a Agenda como instrumento para guiar a sua acção e trabalho, e não para ser esquecido na gaveta. “Portanto, nós as crianças da Guiné-Bissau queremos ser vistas como o factor da unidade nacional, para isso, apelamos a unidade, justiça, paz, estabilidade, reconciliação e entendimento no seio dos políticos e demais órgãos da soberania como sendo espelho e exemplo do país”, conclui Nela Mantija.


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