É absurdo pensar que Portugal podia perder na história. País
com grande conhecimento do continente Africano, e descobridor, embora as terras
descobertas, e estando habitadas, serem desconhecidas para os europeus.
O facto de Portugal ser um país de descobridores, não o
impediu de criar normas constitucionais discriminatórias, que impedem os
estrangeiros e descendentes destes, a poderem eleger, bem como a ser eleito -
Artigo 15º CRP - Constituição da Republica Portuguesa - a não ser na condição
de reciprocidade nas autarquias locais.
Esta norma produz a desigualdade entre residentes e
nacionais, sobretudo nas decisões políticas do país (eleições locais,
legislativas, presidenciais e europeias), participação cívica que não deve ser
negada a quem vive e contribui para o crescimento da economia, especialmente
residentes legais no território nacional.
A cultura interna, sendo partidária, está enraizada e como
tal, não existe oportunidade política para os residentes estrangeiros, de
elegerem e de serem eleitos.
Todos os estrangeiros residentes em Portugal estão sujeitos
aos deveres do cidadão nacional. Os que se encontram em idade contributiva,
pagam todos os impostos, muitos nunca o fizeram no país da sua origem, mas
contudo, continuam a não poder participar na vida política portuguesa.
Lamentavelmente, na
democracia portuguesa é criada uma reserva na indigitação de um primeiro-ministro
de origem não branco, que nos bastidores é tratado por (Monhé), que nasceu e
viveu a sua vida inteira em Portugal.
O não branco conseguiu unir o impensável da política
portuguesa, toda a esquerda a falar numa única só voz.
A falta de abertura democrática e de inclusão no sistema
governativo português levou o inesperado ao governo, que muitos comentadores
falam, da grande novidade de Costa (Francisca Van Dunem) porque é de raça
negra.
Desde 1960 que Portugal conheceu a chegada dos negros, e
desde então não há negros e ciganos qualificados?
Existem negros e ciganos formados em várias áreas, a saber:
economistas, gestores, juristas, engenheiros, professores, jornalistas, etc.,
que nunca tiveram oportunidade de contribuir para Portugal, com o seu saber, nem
para serem comentadores televisivos, sendo que muitos nasceram em Portugal.
Só servem para serem chamados cidadãos portugueses, se por
mero acaso forem notórios os seus contributos para a cultura, o desporto e o
teatro. Agora para o exercício de uma função governativa soberana já ninguém
põe em causa, que para este cargo tem que ser um português branco.
Se antes a discriminação racial era disfarçada, a partir de
agora será visível. Os estudantes de minorias étnicas, são discriminados de
forma evidente, desde o ensino secundário onde são encaminhados para cursos
profissionais, para entrada imediata no mercado de trabalho, e logo com menor
probabilidade para aceder ao ensino superior. O mesmo preconceito é visível no
ensino superior, no que concerne à atribuição de notas nas avaliações, como
forma de desmotivação, evitando a fixação daquele grupo em Portugal, de maneira
a não poderem concorrer com os portugueses de igual para igual.
É criada uma barreira
disfarçada (escala da nota), na atribuição da mesma, que como pretexto é dito
que não precisam da nota, bastando apenas dizerem que estudaram em Portugal!
Esta é a forma omissa de se dizer «vai para a tua terra».
Cria-se
descontentamento no seio dos estudantes, sabendo que o colega por não ter as
respostas mais corretas, mas tendo as notas mais altas, logo pertence à maioria
nacional.
Portugal tem tudo para ser bem-sucedido, estando na cauda da Europa, mas, infelizmente continua a não saber aproveitar.
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