Addis Abeba - O Secretário-Geral da Organização das Nações Unidas (ONU), Ban Ki-Moon, declarou na capital etíope, respeitar a decisão dos dirigentes africanos que designaram sexta-feira última o chefe de Estado zimbabweano, Robert Mugabe, como presidente em exercício da União Africana (UA) para um mandato de um ano.
Ban Ki-moon fez esta declaração durante uma conferência de imprensa organizada na sede da UA em Addis Abeba, à margem da Cimeira dos Chefes de Estado e de Governo africanos.
"É o que os Estados membros da UA dediciram. Respeito o desejo e a decisão da UA. E estou disposto a cooperar com as autoridades da UA", disse o SG da ONU.
Mugabe foi designado a 30 de Janeiro à frente da presidência rotativa da UA pelos seus pares e, assim sendo, assistirá a todas as reuniões internacionais, nomeadamente a Assembleia Geral da ONU.
O diplomata sul-coreano ao serviço da ONU exprimiu-se igualmente sobre diversos desafios sociais e de segurança de África nos últimos anos, nomeadamente a epidemia de Ébola na África Ocidental e a violência perpetrada pela seita islamita nigeriana Boko Haram.
"Estou satisfeito com o trabalho que fizemos juntos para combater Ébola", disse Ki-moon à imprensa realçando o papel grandioso que a UA desempenhou para mobilizar os seus Estados membros no quadro da sua missão de luta contra a doença.
Embora haja progressos na luta contra Ébola, Ban defendeu a continuação da colaboração para a erradicação desta epidemia nos países afectados.
A seu ver, "a epidemia está longe de terminar, mas invertemos a tendência. Devemos continuar a mesma solidariedade até que Ébola seja eliminada de todos estes países".
Sábado último, o SG da ONU disse que se exige uma acção internacional contra o grupo de insurgentes de Boko Haram que exerce a sua influência nas cidades do norte da Nigéria e nos países vizinhos.
"Boko Haram exige uma acção mais forte e mais coordenada de todos nós", considerou Ki-moon acrescentando que a ONU apoia a decisão da UA de criar uma força especial multinacional para tal.
"Devemos conter o avanço deste grupo terrorista. Peço que actores internacionais e regionais ataquem estes terroristas", martelou o patrão da ONU afirmou finalmente a disposição da sua instituição a cooperar com a UA contra Boko Haram.
Porém, sublinhou que as medidas contra estes insurgentes não devem limitar-se a acções militares mas que "devemos buscar também as causas profundas duma tal violência".
portalangop
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