sábado, 18 de outubro de 2014

PRIMEIRO-MINISTRO GUINEENSE LANÇA DESAFIO DE "FOME ZERO" NA GUINÉ-BISSAU



Bissau, 17 out. 14 (ANG) – O Primeiro-ministro lançou quinta-feira um desafio a todos os guineenses para “acabar com a fome na Guiné-Bissau”, por ocasião da comemoração do dia Mundial de Alimentação – 16 de Outubro.

Domingos Simões Pereira que presidiu a cerimónia alusiva a efeméride, cujo acto central foi acolhida pela vila de Quinhamel, região de Biombo referiu que é necessário coragem para assumir esta luta.

Para tal, o chefe do executivo disse estar animado com o apoio demonstrado pelo do Presidente da Republica, José Mário Vaz e, acrescentou, espera o mesmo da parte dos deputados, partidos políticos, ONG,s, associações existentes e parceiros internacionais.

“Se cumprirmos a risca o mote lançado pelo chefe de Estado de ‘Metermos as mãos na Lama’, com esforço e seriedade, então o mundo ira nos ajudar”, manifestou-se convicto Domingos Simões Pereira.

O Primeiro-ministro lembrou que nos anos 60 o pais produzia arroz, (base da dieta alimentar nacional), o suficiente para se alimentar e, inclusive, exportava o excedente a outras nações do mundo.

Simões Pereira questionou o facto de, passados 40 anos, o pais se tenha retrocedido ao estado actual de mendicidade. “Portanto, o desafio esta lançado a todos”, desafiou considerando que a culpa do retrocesso é dos próprios guineesnes”. 

Exortou para necessidade de diversificação das culturas para melhorar a dieta alimentar, pois, sublinhou, o pais possui cerca de 1.5 milhões de hectares de área arável. 

Na sua óptica, não se pode falar de fome numa terra abençoada assim pela natureza.

Por seu lado, o representante residente da Organização das Nações Unidas Para Agricultura (FAO) reconhece que falta ainda muito a fazer no domino de luta contra a fome, mal nutrição e pobreza, pois muitos ainda continuam sem ter o que comer.

“Tal nos ensina que se querermos vencer a luta contra a fome e insegurança alimentar, são necessários engajamento politico dos governantes, aproximação global e eficaz e a participação conjunta da sociedade e dos parceiros”, salientaJoachim Laubhouet-Akadié.

Este responsável da FAO manifestou a sua satisfação por constatar que as autoridades nacionais deram uma prioridade absoluta ao combate a pobreza e a promoção de investimentos no sector agrícola, com vista a aumentar a disponibilidade dos alimentos.

Assim exortou para a necessidade de ter em conta a situação dos pequenos agricultores, que jogam um papel essencial no plano cultural, sócio económico e ambiental na Guiné-Bissau.

No final, o chefe do governo procedeu a entrega de materiais, nomeadamente carinhos de mão, pás, regadoras e sementes a 15 organizações agrícolas daquela região norte do pais.

Antes do acto solene, a comitiva governamental visitou a bolanha da povoação de Dorse, recuperada através do financiamento pelo projecto da segurança alimentar (PASA), organização que também financiou o centro de produção de animais de ciclo curto na localidade de Cupedo e, finalmente, o centro de conservação de pescado de Quidjogoro financiado pelo pelo projecto India, Brasil e Africa do Sul (IBAS).

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