O secretário-geral das Nações Unidas disse, em mensagem à União Africana e Conselho de Segurança da ONU, existirem alertas para a atividade de células clandestinas da Al-Qaeda em países da África Austral.
Nova York - O secretário-geral das Nações Unidas disse, em mensagem à União Africana e Conselho de Segurança da ONU, existirem alertas para a atividade de células clandestinas da Al-Qaeda em países da África Austral.
A declaração de Ban Ki-moon consta do seu pronunciamento enviado para a Cimeira de Paz da União Africana e do Conselho de Segurança sobre o terrorismo no continente, iniciada esta terça-feira em Nairobi.
A menção à região foi feita no alerta do secretário-geral da ONU para o crescimento de grupos terroristas na Líbia. Ban referiu ainda a ameaça de alastramento do Estado Islâmico do Iraque e do Levante, para regiões africanas através de fluxos de combatentes estrangeiros.
Para o chefe da ONU, regista-se um número crescente de países africanos afetados pelo terrorismo e o extremismo violento.
De acordo com Ban, o maior desafio são os terroristas que reivindicam filiação à Al-Qaeda. Ban disse que na África Oriental o al-Shabaab ameaça a agenda de segurança em Djibuti, Quénia, Uganda e Tanzânia.
Ban citou também as atividades da Al-Qaeda no Magrebe Islâmico e do Movimento para a Unidade e o Jihad na África Ocidental, além de atuarem em áreas do Sahel.
Para o secretário-geral da ONU, o Boko Haram não é somente uma ameaça para a segurança na Nigéria mas é cada vez mais uma preocupação para os países vizinhos, na área da Bacia do Lago Chade.
Já na África Central, o secretário-geral apontou a operação do Exército de Resistência do Senhor, apesar de uma redução nas capacidades e atividades no terreno
Ban defende que para que as atividades antiterroristas sejam eficazes e legítimas devem ir de acordo com as obrigações dos Estados que estão previstas no direito internacional dos direitos humanos.
Para ele, as respostas desproporcionais e ilegais às ameaças terroristas são contraproducentes pela tendência de alimentar a própria radicalização que esses esforços pretendem extinguir.
O secretário-geral saudou a iniciativa do presidente norte-americano, Barack Obama, de convocar uma cimeira do Conselho de Segurança sobre o terrorismo e os combatentes estrangeiros. O evento deve ocorrer na sede das Nações Unidas, em Nova York, a 25 de setembro.
africa21digital.
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