A proclamação da nossa independência foi consequência da Luta Armada de Libertação Nacional, dirigida pelo P.A.I.G.C. e dos avanços que, em 1973, se registaram, mercê da derrota infligida ao Colonialismo Português, no campo aéreo (Portugal perdeu, nessa altura, toda a supremacia aérea) com a aquisição e utilização de mísseis terra-ar e que culminaram com a libertação de mais de 2/3 do território nacional.
Quando, a 10 de Setembro de 1974, foi reconhecida por Portugal, a independência da Jovem Republica da Guiné-Bissau já tinha sido reconhecida por mais de 62 países.
Decorridos 41 anos, estamos perante uma nova etapa, apesar das vicissitudes da nossa história. Renasce a esperança de cumprirmos e honrarmos a memória do fundador das nossas nacionalidades.
A melhor forma de honrar Amílcar Cabral é libertar o povo, que quer recordar e implementar o seu sonho.
A libertação do território é importante, mas o que o povo precisa hoje é que sejam construídas escolas condignas, hospitais, habitações; que se produza o suficiente para a sua alimentação e que se desenvolva o país em todos os sectores de modo a garantir um emprego e uma vida condigna a cada cidadão.
Venho aqui, em memória da nossa independência, confiar este renascimento de grande esperança ao meu partido PAIGC e ao Governo recém-eleito pelo seu ambicioso e prestigiante Programa de Governação.
Quero aqui destacar o papel das mulheres que, literalmente, estiveram, desde a primeira hora, ao lado dos homens em todas as frentes e em todos os sectores da vida do Movimento de Libertação Nacional; pois, estivemos, enquanto mulheres, sempre presentes, em todas as frentes da luta e hoje, mais do que nunca, participando, ativamente, no processo de Construção da Sociedade Guineense.
Esperança Lopes Cardoso de Carvalho
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