segunda-feira, 15 de setembro de 2014

MINISTRO DAS FINANÇAS RECONHECE QUE "HÁ MUITA FRAUDE" NAS ALFÂNDEGAS DA GUINÉ-BISSAU


O ministro das Finanças da Guiné-Bissau reconheceu hoje que "há muita fraude" nos serviços de alfândegas do país, problema que está a desviar receitas dos cofres do Estado e que é preciso combater com mudanças na estrutura.

"Há muita evasão, muita fuga e muita fraude. Essa situação não pode continuar", afirmou hoje o ministro das Finanças, Geraldo Martins, durante uma conferência de imprensa conjunta com o Fundo Monetário Internacional (FMI), em que as receitas fiscais estiveram no centro das atenções.

Questionado pela Lusa sobre exemplos concretos, o governante apontou o caso das importações de arroz.

"Se for agora a alguns armazéns em Bissau e Safim", nos arredores da capital, "há muitos camiões e viaturas que estão apreendidas. Importam arroz num montante de 100 e declaram 10", referiu.

Geraldo Martins garantiu que está a começar a ser aplicada uma "política agressiva" no sentido de "identificar essas situações e aumentar o controlo", sobretudo ao nível das fronteiras.

O ministro das Finanças guineense acredita mesmo que as medidas começam já a dar frutos, tendo em conta que "as receitas do Estado em Agosto e Setembro aumentaram, comparando com o período homólogo".

"Em parte, deve-se a haver maior controlo e menor fuga fiscal", sublinhou.

Na última semana tomou posse Francisco Rosa Cá como novo diretor-geral das Alfândegas da Guiné-Bissau, sob proposta do ministro Geraldo Martins, e outras mudanças devem acontecer.

"Há uma necessidade de mudar muita coisa. O que se passa nas alfândegas é inadmissível", sublinhou Geraldo Martins, que fala de algumas dificuldades.

"Há pessoas que não concordam com aquilo que está a ser feito e estão a resistir. Mas é preciso fazer essas reformas, mudar algumas estruturas internas, mudar pessoal, tudo na lógica de criar condições ideais para aumentarem as receitas", concluiu.

1 comentário:

  1. O novo govrno deve tomar medidas fortes por estes funcionarios demete-los das suas funçoes e mete-los em prisao. Nao podes continuar viver de esmolas doutros paises. Uma desgraça enorme se as receitas nao entram nos cofres do estados e que estes funcionarios sao pagos todos os meses seus salarios. Obrigado.

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