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O presidente zimbabweano Robert Mugabe assumiu a presidência rotativa da Comunidade de Desenvolvimento da Africa Austral (SADC) durante a sessão de abertura da 34ª Cimeira de Chefes de Estado e de Governo desta organização regional, na cidade turística de Victoria Falls.
Victoria Falls (Zimbabwe) - O presidente zimbabweano Robert Mugabe assumiu a presidência rotativa da Comunidade de Desenvolvimento da Africa Austral (SADC) durante a sessão de abertura da 34ª Cimeira de Chefes de Estado e de Governo desta organização regional, que teve lugar no final da manhã de domingo, na cidade turística de Victoria Falls.
O acto foi testemunhado por 14 chefes de Estado e de Governo da SADC ou seus representantes, incluindo o presidente moçambicano, Armando Guebuza.
Assim, o Zimbabwe, que detinha a vice-presidência da SADC desde a 33ª sessão ordinária que teve lugar no ano passado no Malawi, passa a dirigir os destinos desta organização regional.
A sessão de abertura foi marcada por vários momentos tais como o lançamento da Publicação Projecto Hashim Mbita, que visa documentar a história de libertação da África Austral
O brigadeiro general na reserva Hashim Mbita foi secretário executivo do Comité de Libertação da extinta Organização da Unidade Africana (OUA) entre 1974 e 1994, tendo desempenhado um papel muito importante para a independência de muitos países do jugo colonial.
O Comité estava baseado na vizinha Tanzânia, onde contava com o apoio incondicional do antigo Presidente Julius Nyerere.
Mbita, que se fez representar pela sua filha, Shella Hashim Mbita, pelo facto de se encontrar doente e muito debilitado, foi distinguido com o Prémio Monomotapa e um valor pecuniário de 100 mil dólares, uma distinção que surge como reconhecimento do seu papel na libertação do continente.
Outro momento marcante foi a entrega dos prémios aos vencedores regionais do concurso de redacção das escolas secundárias e dos Media da SADC.
O jornalista da Televisão de Moçambique, Brito Simango foi um dos distinguidos para a categoria de televisão.
Na ocasião, o recém-empossado presidente da SADC, Robert Mugabe, lançou oficialmente o Anuário Estatístico da SADC, que constitui uma ferramenta importante para a tomada de decisões nos vários sectores da sociedade.
"Isso permite aos investidores locais e estrangeiros mapearem os seus negócios na região de uma forma eficiente e consciente", disse Mugabe.
A Cimeira, que termina na segunda-feira, decorre sob o lema "Estratégia da SADC Rumo à Transformação Económica: Exploração dos Recursos Regionais Diversificados para o Desenvolvimento e Social Sustentável Através da Beneficiação e do Acréscimo do Valor".
Esta é a última vez que Guebuza participa no evento na qualidade de Chefe de Estado, a semelhança do seu homólogo namibiano, Hifikepunye Pohamba, pelo facto de ambos terem atingido o limite dos seus mandatos constitucionais.
Ambos estadistas, Guebuza e Pohamba, tiveram a oportunidade de conduzir os destinos da SADC em 2012 e 2010 respectivamente.
A Cimeira deverá deliberar sobre uma vasta gama de assuntos, entre os quais se destaca a situação política e socioeconómica da região.
Outro facto digno de registo foi o retorno do Madagáscar. O Madagáscar tinha sido suspenso da SADC e da União Africana na sequência de um golpe de estado ocorrido em Março de 2009 e que culminou com o derrube do então presidente eleito, Marc Ravalomanana.
Participam na cimeira 12 Chefes de Estado e de Governo. Angola e Zâmbia fazem-se representar pelos respectivos vice-presidente, Manuel Vicente e Guy Scott, respectivamente, enquanto o Botswana, decidiu enviar o ministro da indústria e comércio, Dorcas Makgato-Malesu.
Integram a SADC um grupo de 15 países nomeadamente África do Sul, Angola, Botswana, Lesotho, Madagáscar, Malawi, Maurícias, Moçambique, Namíbia, República Democrática do Congo, Seychelles, Swazilândia, Tanzania, Zâmbia e Zimbabwe.
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