O diretor-geral da Política de Defesa da Guiné-Bissau, general Marcolino Alves, afirmou hoje que militares sem formação podem ser foco de desordem no país e que Portugal vai ajudar na resolução desse problema.
O responsável guineense disse ser inaceitável que se retire uma pessoa da sua `tabanca` (aldeia), sem qualquer preparação ou formação, dando-lhe uma arma e ainda permitindo-lhe que faça a sua própria farda militar.
"Militar sem formação é foco de desordem, de instabilidade e delinquência na Guiné-Bissau", notou Marcolino Alves.
O diretor-geral da Política de Defesa guineense falava aos jornalistas à margem da assinatura de um novo programa-quadro de cooperação entre a Guiné-Bissau e Portugal, rubricado entre os ministros da Defesa dos dois países.
O ministro da Defesa de Portugal, João Gomes Cravinho, termina hoje uma visita de trabalho de dois dias à Guiné-Bissau.
O novo programa de cooperação militar com Portugal vai assentar na formação de quadros da Defesa guineense, a partir do Centro de Instrução de Cumeré, a 40 quilómetros de Bissau, frisou Marcolino Alves.
"O Governo está a fazer um grande investimento no Centro de Instrução de Cumeré, que tem capacidade para albergar cinco mil recrutas. É a partir de Cumeré que se pode acabar com esse problema", de militares e polícias, sem formação, observou ainda o general Alves.
Com o trabalho que vai ser feito com instrutores portugueses, o diretor-geral da Política de Defesa guineense acredita que o país passará a ter militares "com uma nova mentalidade" o que, disse, vai criar um bom ambiente com a sociedade civil e promoção do desenvolvimento do país.
Conosaba/Lusa
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