O ministro de Transportes e Telecomunicações, Jorge Mandinga, afirmou esta quarta-feira, 03 de março, que o governo está determinado em tornar o porto de Bissau mais competitivo e rentável de modo a “reduzir suficientemente” os custos de importação do arroz que se faz via terrestre pelas fronteiras com os países vizinhos.
O governante falava na inauguração (03.03.2021) dos novos equipamentos entregues ao porto de Bissau, durante a qual assegurou que o governo vai apoiar o porto na construção de novo espaço ou parque de contentores. Trata-se dois autocarros de transporte do pessoal, um Canter e “empilhadora”, e uma máquina porta contentores.
O titular da pasta de transportes e telecomunicações informou que o governo vai preconizar um conjunto de medidas que irão permitir que o porto de Bissau se torne mais rentável, de modo a permitir que no final de cada mês os salários e a segurança social dos funcionários sejam garantidos. Jorge Mandinga referiu que para que isso aconteça “é preciso trabalhar 24 horas”.
O governante informou que o executivo já aprovou, sob proposta do ministro de transportes, um concurso para uma parceria pública e privada e a empresa vencedora irá fazer drenagem não só de porto de Bissau como também de todos os canais dos rios da Guiné-Bissau para sinalizar e balizar o mar do país, garantindo a atracagem de barcos a qualquer hora do dia e em qualquer maré.
Em relação às reclamações dos sindicatos sobre admissão dos funcionários no porto, o ministro Jorge Mandinga frisou que a sua instituição não vai aceitar nenhuma admissão no porto, tendo em conta a crise sanitária provocada pelo novo Coronavírus da Covid-19, sobretudo porque as receitas do porto tiveram um impacto bastante negativo, devido à situação de pandemia.
Por sua vez, o Diretor-geral de administração de portos de Bissau, Félix Nandungue, sublinhou que com os novos equipamentos, ou seja, máquinas de grande porte inauguradas esta quarta-feira vai diminuir as dificuldades com que o porto se tem deparado há muitos anos, sobretudo em relação aos custos de aluguer de máquinas de retirada das mercadorias para os armazéns. De acordo com o diretor, o custo mínimo de aluguer é de 25 milhões de francos CFA por mês.
“Porque quando alugamos máquinas a um terceiro, o custo mínimo é de 25 milhões de francos CFA por mês, imagine com essas máquinas quanto vamos poupar? Por isso essas máquinas vão ajudar muito na nossa tesouraria”, precisou.
Félix Nandungue referiu que este ano o porto de Bissau está mais preparado para cumprir a missão de exportação, a de comercialização da castanha de caju porque tinha duas máquinas e mais uma agora que foi inaugurada esta quarta-feira, o que lhe permite ter, no mínimo, condições necessárias para atender a campanha de comercialização de castanha de caju do ano agrícola 2021.
Nandungue sublinhou que a sua direção conseguiu fundos graças a um banco e que o porto passará a amortizar a mês e em função do acordo assinado, tendo por isso pedido a colaboração do governo na busca de soluções para a drenagem do porto de Bissau.
Por: Carolina Djemé
Fotos: C.D
Conosaba/odemocratagb
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