O novo Presidente da Confederação Africana de Futebol – CAF, Patrice Motsepe, multimilionário sul africano, foi eleito por aclamação, substituindo Ahmad Ahmad, mas com a «mão» estratégica da FIFA, obrigando a
desistência das candidaturas de Senghor,
Jacques Anouma e do mauritaniano Ahmed Yahia.
É a segunda vez que acontece as eleições na CAF por aclamação.
O Issa Hayatou foi eleito Presidente da Caf em 1987, em
Casablanca, Marrocos. Renovou sucessivamente o mandato. O sexto mandato de Issa
Hayatou foi renovado, também em Marrocos, em Marrakech,
por aclamação. Mas, na altura, havia
outros potenciais candidatos, como Jacques Anouma, mas tiveram de desistir
porque o Rei de Marrocos mandou o seu Ministro dos Desportos ao Congresso da
CAF dizer que «o seu candidato era Issa Hayatou», e que tinha sido em Marrocos
que o mesmo foi eleito Presidente da CAF, pela primeira vez. Então, estão a ver! Quando o Ministro
dos Desportos do Reino de Marrocos acabou de falar, o Congresso, de pé, aclamou o Issa Hayatou como Presidente. Estava resolvido.
Ninguém questiona que a África ganhou muito com o Issa Hayatou nos comandos da CAF.
Foi com ele que se realizou, pela primeira vez, no continente africano, o
mundial de futebol, na África do Sul.
Em 2002, foi candidato à FIFA batido pelo Seff Blatter.
Com a eleição do Patrice Motsepe, para gerir a CAF nos próximos tempos, o Senghor, Presidente da Federação de Futebol do Senegal, Senghor, será o 1° Vice-Presidente, o 2° Vice-Presidente será o Presidente da Federação da Mauritânia, Ahmed Yahia (cooptado para o Comité Executivo da FIFA), amigo pessoal do Manelinho, 3° Vice-Presidente é o Sr. Souleiman Waberi, da Federação de Futebol de Djibouti, 4° Vice-Presidente, Sr. Faouzi Lakjaa de Marrocos e 5° Sr. Pinnick Amajua, da Nigéria.
Para alguns, dada a limitação de espaço e tempo do Patrice Motsepe
com os seus vários negócios, será o Secretário Geral da CAF, o tal Veron Mosengo (antigo Diretor das
Associações da FIFA), de nacionalidade
camaronesa e suíca, o verdadeiro patrão da CAF, por delegação do poder do primeiro para o
segundo, e também por ser alguém de especial confiança do Infantino, Presidente da FIFA. Até certo ponto, parece que é a FIFA a controlar a CAF, tal como sucedeu com a nomeação da Senegalesa Fatma Samoura, Secretária Geral, mandata pela FIFA para controlar a CAF, sob a gestão de Ahmad Ahmad.
Ninguém dúvida das capacidades de Patrice Motsepe. Proprietário de um Clube de Futebol na África do Sul. Tem elevado nível de instrução, é formado, educação, de cultura capaz de
elaborar uma estratégia para relançar a CAF fragilizada com a gestão de Ahmad Ahmad e defender os interesses do continente. E não só. É uma grande oportunidade e caminho, não foi com Issa Hayatou, para um africano, aceder a Presidência da FIFA. A ver vamos! Pois, não faltam ambição de fazer um africano Presidente da FIFA.
Por isso, O Caíto Teixeira, enquanto
Presidente da Federação de Futebol da Guiné-Bissau, e outros Presidentes federativos de futebol, devem
ter consciência do seu peso no mundo de
futebol e deixar de prestar vassalagem a troco de «vil metal», cada vez que
ocorre eleições na CAF ou na FIFA.
Esta nova geração da CAF, Patrice Motsepe, Senghor, Ahmed Yahia e outros, inspiram confiança para a juventude africana, até prova em contrário.
18 de Marco de 2021
Por Atakimboum
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