terça-feira, 30 de março de 2021

URGENTE - Apelo sobre Cabo Delgado, Moçambique

 

Car@ amig@ Presidente

Assunto Urgente: Apelo com vista à concertação de esforços para que eficazmente contribuamos para pôr termo à indescritível desumanidade perpetrada por ações de grupos fanáticos que atingem cidadãos indefesos na região de Cabo Delgado em Moçambique – Proposta para a realização de uma reunião em videoconferência das cidades UCCLA com este objectivo

Dirijo-me à pessoa de V. Exa., bem como a tod@s @s responsáveis das cidades associadas da UCCLA-União das Cidades Capitais de Língua Portuguesa.

Faço-o tendo em atenção os relatos que tenho ouvido de cidadãos que se refugiaram em Maputo, Nampula e Quelimane, cidades associadas da UCCLA e que nos fizeram relatos indescritíveis do que ocorre na região de Cabo Delgado, que tem por capital a cidade de Pemba.

São descrições de uma desumana crueldade, perpetrados por grupos fanáticos, que semeiam indiscriminadamente a morte, incluindo de crianças inocentes, não poupando quem quer que seja independentemente da origem geográfica, de género ou etnia.

Não há ideário que o justifique por mais voltas que se dêem perante a total heterogeneidade das condições sociais, económicas e outras das vitimas inocentes.

O objetivo prosseguido por esses fanáticos é o da destruição e da morte.

A comunicação social mundial tem feito eco da dimensão da tragédia.

A UCCLA, consciente dos objetivos que prossegue em proximidade com os cidadãos das 55 cidades associadas de África, Ásia, América Latina e Europa, tem plena consciência de que já hoje uma larga maioria da população mundial vive em cidades e dentro de escassos anos mais de 70% dessa população viverá nelas.

Uma parte muito importante dos munícipes dessas cidades falarão no futuro ainda mais numa língua universal a todos comum, que é o português.

As notícias que nos chegaram recentemente, também de Pemba, podem amanhã ocorrer em qualquer outra cidade ou região dos países a que pertencemos.

Que não haja ilusões a este respeito.

Por isso devemo-nos todos sentir cidadãos de Cabo Delgado.

Porque, pelo que antecede, não somos indiferentes ao que se passa, o presente apelo dirigido a todos os responsáveis das nossas cidades tem um único objetivo – é preciso concertarmos esforços numa solidária corrente de opinião que possa contribuir para por termo à gravíssima situação existente.

Isso implica que pelos meios ao nosso alcance sensibilizemos os poderes públicos nacionais e internacionais, para que se obtenha uma resposta inadiável e eficiente, que esteja para além de declarações de condenação da barbárie, fundamentada numa lógica de morte e alheia ao respeito do direito fundamental à vida.

A resposta eficiente que se deseja tem subjacente a defesa do direito internacional, jamais podendo deixar de se articular com as funções soberanas do Estado de Moçambique.

É útil e muito proveitoso termos a noção que o planeta terra é único conhecido para nele vivermos e porque devemos sentirmo-nos todos cidadãos de Cabo Delgado, o retorno à paz e ao desenvolvimento diz respeito a toda a humanidade e as cidades de língua portuguesa não podem deixar de tudo fazer para contribuir para este objetivo.

Em concreto, para a ponderação das eventuais medidas a tomarmos, proponho que nos reunamos por videoconferência, aguardando a confirmação da parte de V. Exa. nessa videoconferência que diligenciarei agendar no mais curto espaço de tempo.

Aguardando a confirmação de V. Exa. e seguro da melhor compreensão, disponibilizo-me para tudo o que for entendido por conveniente, também consciente de que o cargo que ocupo, por eleição direta de todos, me impõe responsabilidades solidárias perante os concidadãos das nossas cidades.

De V. Exa., 

Vítor Ramalho

(Secretário-geral)

Sem comentários:

Enviar um comentário