O Procurador Geral da República, Fernando Gomes, considera “falsas e mentiras”, as declarações do lider do Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC), em relação à sua pessoa.
Em recente entrevista ao Capital News e à Rádio Capital FM, Domingos Simões Pereira afirmou que uma das razões de o atual PGR o “odiar” tem a ver com o facto de ter recusado o pedido de Fernando Gomes, para ser nomeado em uma das funções, quando o líder do PAIGC era ainda primeiro-ministro (entre 2014 e 2015).
Fenando Gomes teve tempo para invalidar as declarações da figura que ele tinha pedido a sua captura, pelas instâncias internacionais, por cometimento de um alegado crime.
“Todas as declarações de Domingos Simões Pereira são “mentiras e falsas, porque quem me conhece, sabe que não é assim. Felizmente, sou muito conhecido em Bissau, não sou homem que pede para ser nomeado”, afirmou, antes de prosseguir com o desmentido.
“Vou deixar algumas considerações, não vou responder a Domingos Simões Pereira, porque sou homem de Estado. Hoje, sou Procurador Geral da República e Domingos Simões Pereira está lá em baixo, por isso não posso descer de nível”, disse o Procurador Geral da República, em entrevista ao Capital News, para reagir às declarações de Simões Pereira.
O desmentido de Fernando Gomes foi ainda extensivo e voltou a negar outra informação revelada ao Capital News, por Domingos Simões Pereira. Na ocasião, o líder político disse que mandou garantir segurança ao agora titular do Ministério Público, quando este regressou ao país, em 2015, depois do exílio em Portugal.
“Também ouvi ele (Simões Pereira) a dizer que me deu segurança durante quinze dias. É mais uma mentira. Ele disse que me fez muito favor, mas nunca vou revelar os favores que fiz a ele, porque na Bíblia, está escrito, que quando dá com a mão direita, a esquerda não deve saber. E mais, as nossas educações de base e religiosa são diferentes, por isso não estou aqui para revelar tudo o que fiz para Domingos Simões Pereira, até porque tenho as minhas testemunhas. Fernando Mendonça (Atual ministro da Justiça), e Djaló Pires (ex-chefe da diplomacia guineense) estão de vida e podem testemunhar sobre os favores que fiz a ele”, disse.
Fernando Gomes disse que o povo conhece todos na sociedade, porque “não é burro” e sabe reconhecer a contribuição de todos. Para o Procurador Geral da República, ser celebridade não é só quando alguém é presidente de uma formação política.
“Hoje sou Procurador Geral da República e Domingos Simões Pereira, quem é? Eu pessoalmente não tenho problema com ele e nem ódio, porque ódio é para as pessoas baixas, lembro-me que em 2018, ele veio até ao meu escritório (de advocacia), a pedir-me para fazermos PAZ”, revelou.
A relação amena de Domingos Simões Pereira com Fernando reacendeu-se em dezembro de 2020, quando a Procuradoria-Geral da República emitiu um mandado de captura internacional contra o líder do PAIGC, quando este ainda se encontrava em Portugal, embora a Interpol tivesse recusado a execução do mandado, alegando não ser da natureza que permitisse a sua intervenção.
Por CNEWS com Conosaba do Porto
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