sábado, 9 de janeiro de 2021

Cruz Vermelha/ Presidente considera de positivo o balanço do ano findo

 

Bissau, 08 Jan 21 (ANG) – O Presidente da Cruz Vermelha considerou de positivo o balanço do ano  2020 mas disse que  a organização tem passado por muitas dificuldades de ordem financeira e insuficiência de recursos.

Em entrevista exclusiva esta sexta-feira à ANG, Sadna Na Bitâ disse que depois de a OMS ter anunciado a crise sanitária mundial, a sua organização elaborou um plano de contingência que permitiu delinear ações levadas a cabo para lutar contra a pandemia do novo coronavírus.

Esse plano, segundo Na Bitâ, tem alguns eixos  nomeadamente, o reforço da capacidade institucional de Cruz Vermelha enquanto instituição, comunicação de riscos de engajamento comunitária, assistência social e apoio psíquico , água e saneamento,  entre outros.

“No momento de crise, muitas vezes, os serviços sociais básicos ficam totalmente afetados ou seja parcialmente afetados. No entanto, é preciso ter em conta este aspeto no sentido de trabalhar para apoiar os que estão a precisar” sublinhou.

Segundo aquele responsável, a sua organização partilhou seu plano com seus parceiros, quer dentro do movimento assim como fora, nomeadamente UNICEF, HCR, PAM, PNUD entre outras organizações que operam no país e esses se disponibilizaram para  financiar  plano de contingência.

Na Bitâ disse que esse plano de contingência permitiu a sua organização atacar questões fundamentais, principalmente  as sensibilizações para mostrar as pessoas as formas de transmissão da pandemia, como manifesta e como deve ser prevenida.

 Sustentou que os trabalhos de sensibilizações foram feitos em diferentes comunidade com mais ênfase no Setor Autónimo de Bissau, nas regiões de Biombo e Cacheu, que segundo ele, são regiões com mais riscos porque tinham maior incidência da doença.

“Embora trabalhamos noutras regiões, mas estas, são onde mais intervimos”, informou Na Bitâ.

As principais atividades feitas pela organização, segundo este responsável  se traduziram no  reforço das capacidades  dos seus voluntários, reforço de capacidade das organizações da sociedade civil, formação da rede de jovens jornalistas, formação de algumas associações de base com materiais de proteção, apoios aos Ministérios da Defesa e do Interior.

“Disponibilizamos materiais de proteção individual, equipamentos para lavagem de mãos que eram uma das medidas necessárias. Apoiamos também não só estruturas privadas ou sociedade civil, mas também em parte o governo, com o nosso parceiro internacional que é a Federação e Comité Internacional  da Cruz Vermelha. Aos  Ministérios
de Defesa e do Interior damos os produtos higiénico para prisões”, referiu.

Aquele responsável disse ainda que o apoio da sua organização se estendeu  ao Alto Comissariado para a Covid-19, que recebeu equipamentos de proteção individual, sacos de manipulação de cadáveres, aparelhos de ventilação para os doentes que precisavam de serem entubados.

“Conseguimos mobilizar este aparelho de ventilação através dos nossos parceiros -  a Cruz Vermelha de Turquia”,sublinhou Sadna Na Bitâ.

A Cruz Vermelha da Guiné-Bissau foi criada pelo estado em 1977, com papel de auxiliar do poder político no âmbito humanitário, neutro, imparcial e independente.

A sua missão exclusivamente humanitária é proteger, aliviar e assistir as vítimas de conflitos armados e outras situações de violência.

Conta atualmente com cerca de 2500 voluntários por todo o território nacionaltem uma sede nacional, 11 comités regionais e 36 comités locais.

Conosaba/ANG/DMG/ÂC//SG 

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