quarta-feira, 27 de janeiro de 2021

SINDICATO DAS ALFÂNDEGAS DA GUINÉ-BISSAU CONTRA NOVOS RECRUTAMENTOS

 

O presidente do Sindicato Nacional dos Funcionários Aduaneiros (SINFA) insurgiu, hoje (26), contra o recrutamento “desenfreado” dos funcionários para a direcção-geral das alfândegas, DGA.

A posição é tornada pública durante a celebração da comemoração do dia Mundial das Alfandegas, sob lema “Revitalização, Renovação e Resiliência: Alfândega ao Serviço de uma Cadeia Logística Sustentável”.

De acordo com Agostinho Sanha tal prática ao invés de induzir a qualidade e melhoria de desempenho da DGA, aumenta a ineficiência, o desânimo e a desordem.

“Ingresso na carreira aduaneira continua a fazer-se à margem e ao arrepio dos dispositivos legais em vigor. Cada direcção que se instala tem seguido as mesmas práticas de recrutamento desenfreado o que ao invés de induzir a qualidade e melhoria de desempenho da direcção-geral das alfândegas, aumenta a ineficiência, o desânimo e a desordem”, destacou Sanha.

Este sindicalista questionou até quando é que vai pairar o império da justiça na administração aduaneira, uma vez que, maiorias dos funcionários estão em regime de contratados ou estagiários.

“A direcção-geral das Alfândegas tem um número e pessoal pletórico, maioria dos funcionários em regime de contratados ou estagiários, ou seja, não têm vínculo com o estado”, diz acrescentando que “Contrato ou estágios que penduram mais de 5, 10, 15 ou 20 anos são inaceitáveis e qualificáveis indiscutivelmente desumanos. Os colonialistas exploraram cerca de cinco séculos os nossos antepassados, e ainda o governante guineense continua a explorar o seu irmão guineense”, referiu o presidente do SINFA, Agostinho Sanha.

Em reacção esta situação, o Director-geral das Alfândegas, Doménico Sanca, reconheceu este facto e prometeu resolvê-lo para o bem da instituição.

“Quando chegamos aqui, provavelmente em 2000, os funcionários eram 512, mas agora estamos acima disso 800 ou mil, então onde estava o sindicato? Realmente na nossa administração pública, as pessoas entram de maneira diferente, por isso, esta prática é um problema que conhecemos”, reconheceu Sanca.

O sindicato defende ainda o concurso público dos ingressos dos funcionários nesta instituição aduaneira como forma de cumprimento da lei do país.

Por: Marcelino Iambi/radiosolmansi com Conosaba do Porto

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