sábado, 30 de janeiro de 2021

Bernardo Catchura "antigo líder do Movimento dos Cidadãos Conscientes e Inconformados (MCCI)" é enterrado hoje sábado, em Bissau

Texto/Foto: Carlos Sambu
Guiné-Bissau carrega hoje o féretro de um dos seus filhos mais querido, um proletário cidadão INCONFORMADO 
Bernardo Mário Catchura
 marcou a sua geração, pela coragem, humildade e inteligência! Hoje acompanhado para última morada, pela toda sensibilidade do país. E, a única homenagem que devemos prestar este ilustre jovem é, lutar para que ninguém mais morra da falta de existência básica ( oxigénio e outros).

Lusa
O corpo de Bernardo Catchurá deve ser sepultado em Bissau, este sábado, indicou Lesmes Mutna Freire Monteiro

O ativista guineense Bernardo Mário Catchurá, antigo líder do Movimento dos Cidadãos Conscientes e Inconformados (MCCI) da Guiné-Bissau, morreu hoje em Bissau, vítima de doença súbita, disse à Lusa um antigo dirigente da mesma organização.

De acordo com Lesmes Monteiro, antigo porta-voz do MCCI e colega na Faculdade de Direito de Bissau (FDB), Bernardo Catchurá morreu aos 39 anos, numa clínica na capital guineense, após tentar uma cirurgia de urgência no hospital Simão Mendes.

“O Simão Mendes não tinha oxigénio [para a cirurgia] e a família dele levou-o para uma clínica, onde acabou por falecer”, contou Lesmes Monteiro, que também partilhou com Bernardo Catchurá a banda musical “Cientistas Realistas”.

Bernardo Catchura, jurista, era funcionário do Centro de Acesso à Justiça (CAJ), uma instituição que presta assistência jurídica às populações carenciadas da Guiné-Bissau.

Com a crise política de 2015, marcada por lutas entre os principais dirigentes do país, Catchurá e outros jovens, sobretudo recém-formados pela FDB, co-fundaram o MCCI, de que foi logo presidente e o principal rosto de contestação ao então Presidente da Guiné-Bissau, José Mário Vaz.

Os Inconformados, ao qual aderiram jovens dos liceus e universidades de Bissau, travaram várias batalhas com o então regime do Presidente José Mário Vaz, a quem acusavam de ser o principal responsável pela crise política no país.

Por Lusa

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