sábado, 23 de janeiro de 2021

LÍDER DO PUN DENUNCIA QUE GUARDA NACIONAL ESPANCOU SEUS TRABALHADORES NA SUA PROPRIEDADE EM XITOLE

 

Agentes da Guarda Nacional de Bafatá terão espancado os trabalhadores da propriedade do Presidente do Partido da Unidade Nacional, IdrissaDjaló, na tabanca de Gunty, no setor de Xitoli (Bafatá), deixando duas pessoas feridas gravemente.

A denúncia foi feita, esta sexta-feira, 22 de janeiro de 2021, em conferência de imprensa, na qual Idrissa Djaló explicou que, “por volta das 12h”, uma viatura dupla cabine, vinda de Bafatá, entrou na sua propriedade e encontrou o pessoal a trabalhar. 

“Roubaram telemóveis e agrediram os trabalhadores. Levaram um trabalhador a um espaço na quinta, onde estão algumas madeiras que cortamos para atividade dentro da propriedade e filmaram para mostrar ao mundo que sou maior abatedor de árvores no país, com o intuito de me incriminar” começou por explicar, para, de seguida, repudiar o comportamento das forças de segurança que deixaram vazar o vídeo na suposta página de “promoção de imagem do ministro do interior, Botche Cande”, vídeo esse que, segundo Idrissa Djaló, deveria ter sido entregue à justiça.

O Presidente do PUN acredita que o alvo não fossem os trabalhadores, mas sim ele (Idrissa) e que os trabalhadores foram violentados para que a mensagem lhe chegasse que, se não parasse de falar “iriam matá-lo, ou prendeê-lo, ou espancá-lo, porque é vulnerável. 

Mas eu estou pronto e vou cumprir cabalmente a minha missão”, afirmando que está em curso a construção de um “regime de terror e policial”, com vista à transformação das forças de segurança em “milícias privadas para ajustes de conta política”.

Idrissa Djaló atribui a responsabilidade política da invasão à sua propriedade ao primeiro ministro, Nuno Gomes Nabiam, e ao Ministro do Interior, Botche Cande, sublinhando que a Guiné-Bissau vai ser um país democrático que respeita os valores da vida humana e de direitos humanos, se os guineenses decidirem levantar-se para fazer vincar o estado de direito democrático.

“Não é normal num país democrático e livre, as pessoas serem agredidas e espancadas gratuitamente. É isso que me deixa triste” disse, alertando que o próximo foco de disputa entre atuais autoridades será quem vai ter o controlo do dinheiro da venda de madeiras estocadas nas matas do país.

“É esta a questão. Querem silenciar e neutralizar todas as vozes críticas. Naturalmente, Idrissa Djalóestá na cabeça de lista deste grupo. Apelo aos guineenses a levantarem-se para lutarmos pela afirmação  da liberdade, porque a democracia vive de engajamento e comprometimento de cidadãos patriotas” concluiu.

Por: Tiago Seide

Foto: T.S

Conosaba/odemocratagb

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