As diferentes organizações da classe estudantil do país posicionaram esta segunda-feira contra a decisão do governo de encerar por 30 dias as escolas na capital Bissau
Alguns apontam a medida como falta de capacidade de gerir a greve em curso no sector.
O presidente da Plataforma Nacional das Associações Académicas do Ensino Médio e Superior da Guiné-Bissau, Erickson Ocante Ié apelou o executivo a voltar atrás com a medida de suspender as aulas em Bissau.
“Pedimos ao governo no sentido de voltar atrás na decisão que só prejudicará ainda mais os estudantes”, atirou Erickson Ié.
Já o presidente da Confederação Nacional das Associação Estudantis da Guiné-Bissau (CONAEGB), Bacar Darame, em entrevista à Rádio Sol Mansi discorda com a decisão.
“Para nós a medida não justifica porque no nosso entendimento não é razoável e injustificável o encerramento das aulas dado os números de infectados que o país dispõe por simples razão”, justiçou o presidente da CONAGUIB.
Paro o coordenador da Carta-21, Franique da Silva, a decisão do governo deve-se a falta de capacidade de gerir a greve em curso no país.
“A carta-21, no seu ponto de vista com a CAAEPP, acham que o governo deve retirar a decisão que demostra uma certa incapacidade de resolver a situação da greve na educação” diz, questionando depois “porque do fecho das escolas e não dos mercados”, questionou o presidente da carta-21.
Sobre o assunto, o especialista guineense na área da educação, Lamine Sonco considerou de precipitada a decisão, porque tanto o Governo assim como o Alto Comissariado para Covid-19 deviam fazer uma análise profunda antes de decidirem com a suspensão da aula em Bissau.
“Acho que é uma decisão tomada de uma forma precipitada tanto o Comissariado para a Covid-19 como o governo porque deviam fazer uma análise profunda relativamente ao encerramento das escolas”, sustentou o especialista.
No entender da especialista não faz sentido, suspender as aulas em Bissau sem cerco sanitário, dando exemplo da Universidade Católica em Bôr, região de Biombo, na qual maiorias dos alunos são de Bissau.
E a alta comissaria para Covid-19, Magda Nely Robalo, esclarece a decisão de encerar as escolas e não os mercados e transportes neste decreto.
“Não foi uma decisão fácil para nós mas optamos entre a Educação e a Saúde de que o ensino é mais leve porque sem a saúde ninguém pode ir a escola. Enquanto ao mercado estamos a ponderar o fecho devido várias situações”, explicou Magda Robalo.
O decreto presidencial que suspendeu o funcionamento de todas as escolas do Sector Autónomo de Bissau durante trinta dias, anunciando por outro lado o estado de Calamidade, foi justificado com o ressurgimento do caso que, nas últimas semanas tem aumentado em Bissau.
A este facto que a Carta-21 e CAAEPP-GB condena essa atitude e no qual considera de “covarde e sem caracter consultivo num fórum apropriado antes”.
Por:Braima Sigá/ Marcelino Iambi/radiosolmansi com Conosaba do Porto
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