Bissau, 27 jan 21 (ANG) – O Secretário de Estado da Comunicação Social afirmou que nos próximos 48 ou 72 horas o governo vai dar início ao concurso público para admissão de mais profissionais de comunicação social afetos aos 4 órgãos públicos de país, na Função Pública.
O governante referia-se ao pessoal afecto a Agência de Notícias da Guiné (ANG), Jornal Nô Pintcha, Radiodifusão Nacional (RDN) e Televisão da Guiné-Bissau (TGB) que há vários anos laboram na condição de estagiários ou com contratos precários.
Conco Turé que falava após uma visita efetuada esta quarta-feira à Imprensa Nacional (INACEP), Agência de Notícias da Guiné (ANG) e ao Jornal Nô Pintcha destacou que uma das suas lutas é a efetivação dos quadros dos órgãos de comunicação social que se encontram há mais de 10, 15 anos no regime de contratados.
“A nossa luta é tentar efetivar os quadros que encontramos nos órgãos de comunicação social que há mais de 10 ou 15 anos estão sendo tratados como pessoas que não fazem parte da estrutura de funcionários da Guiné-Bissau. Dentro de 48 ou 72 horas o processo de concurso público vai estar em andamento e vai culminar com aqueles que conseguiram provar que têm capacidades de entrar nos órgãos onde estão e vamos ter esses resultados à vista de todas as pessoas”, referiu.
Aquele responsável considerou de injusto como esses profissionais estão sendo tratados, segundo ele, sem salário na hora, e indica que 90 por cento desses profissionais contratados é que suportam a imprensa no país.
Turé revelou que houve sensibilidade de todas as instituições do governo que têm responsabilidade na matéria de efetivação desde o Ministério das Finanças, da Função Pública e próprio Gabinete do Primeiro-ministro para efetivação desses profissionais.
O Secretário de Estado mostrou a sua satisfação com a visita nos referidos órgãos sob sua tutela, sublinhando que viu recursos humanos capazes mas o que lhes faltam são meios para poderem produzir mais.
Disse que é urgente colocar a Agência de Notícias da Guiné (ANG) de pé porque vai acabar com especulação de notícias oficiais do país e é preciso reequipá-la para o tal.
“Por exemplo, ao invés de enviar repórteres da televisão ou rádios para toda parte do país para procurar informação, noutras partes do mundo as agências de notícias têm delegações nas diferentes localidades e recolhem informações para depois as vender ou passa-las oficialmente aos órgãos de Estado”, explicou.
O Jornal Nô Pintcha, segundo Conco Turé deve ser dado o valor de arquivos de consultas ou estudos científicos “mas deve também ter recursos materiais”.
De acordo com Turé, só faltam equipamentos e formação para que os profissionais de comunicação social destes órgãos possam estar ao nível dos outros países.
No que tange à INACEP Turé disse que se esta empresa for bem equipada vai ser uma indústria pública que vai dar resultados ao governo e aos seus clientes.
Questionado sobre a dinâmica que vai utilizar para dotar os órgãos de comunicação social de materiais de proteção nessa segunda vaga da pandemia do coronavírus, Conco Turé manifestou a sua revolta perante esta questão, acrescentando que a Secretaria que dirige
foi usada.
“Vou afirmar que estou um bocado revoltado. Acho que fomos usados no início dessa pandemia onde eu recebia qualquer pessoa e mostramos resultados na altura. Parece que quando as coisas evoluíram a comunicação social foi esquecida, o que para mim não é justo. Estamos a cometer um erro no combate à essa pandemia”, frisou.
Chamou a atenção às autoridades do país e à Alta Comissária para Covid para dar mais atenção à comunicação social.
Conosaba/ANG/DMG//SG
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