O economista guineense, José Nico Djú, considerou de paradoxo o aumento dos impostos no contexto da pandemia de Covid-19, onde a taxa de desemprego aumentou e maioria das empresas fecharam as suas portas.
“Não é natural nem agradável aumentar imposto no período da Covid-19, onde há maior taxa de desemprego, onde há grande desânimo em termo das pessoas que exercem as actividades económicos quer público ou privado e maior parte das empresas fecharam as suas portas. Há uma parte de paradoxo um pouco confundível”, considerou.
José Nico Djú que é igualmente analista dos assuntos económico na Rádio Sol Mansi fez esta consideração um dia depois de o presidente da República ter promulgado o Orçamento Geral do Estado para o ano económico 2021.
Apesar de considerar de paradoxo o economista disse acreditar que “que com estes impostos a curto prazo, é possível elevar o salário mínimo na função pública a 100 mil francos CFA divido o aumento dos impostos”.
O Orçamento Geral do Estado, apresentado pelo Governo liderado por Nuno Gomes Nabiam, promulgado ontem, pelo chefe de Estado ronda os 253 mil milhões de francos cfa e prevê cinco novos impostos para população.
Tanto a sociedade civil, centrais sindicais e outras franjas da sociedade incluindo o ministro da Economia do próprio Governo, insurgiram contra o orçamento.
O economista entende que “as críticas acontecem quando o OGE foi elaborado sem envolvimento da sociedade civil e forças vivas da nação, mas o importante Governo tem que dar provas de que o que foi incluído no Orçamento é favorável a população”.
Ontem, em entrevista a DW África, Vítor Mandinga quebrou o silêncio para reafirmar que continua a discordar com o OGE para 2021, aprovado no Parlamento.
Vítor Mandinga referiu que uma das razão que o levava a apresentar a demissão era o facto de não subscrever o Orçamento Geral de Estado para 2021, porque o mesmo não tem em conta a reforma da função pública, que considera essencial para o desenvolvimento da Guiné-Bissau.
Entretanto, na mesma entrevista á Rádio Sol Mansi, Nico Dju diz que aprovação do desembolso de mais de 20 milhões de dólares para a Guiné-Bissau combater a pandemia de covid-19, demostra que a comunidade internacional esta interessado na produtividade interna do país.
O Fundo Monetário Internacional anunciou dois dias depois que o presidente da República promulgou o decreto de estado de calamidade para um período de trinta dias, para conter o coronavírus o desembolso de 20,47 milhões de dólares em assistência de emergência para a Guiné-Bissau combater a pandemia da Covid-19.
No que se refere ao Índice de Percepção da Corrupção, que anunciou que a Guiné-Bissau ganhou um ponto e subiu três lugares no sector público, José Nico Dju, diz “pode até ser estranho mas o país tem um novo cara em relação a expectativa ao crescimento”.
Não obstante, Dju assegurou que há grande barreira para eliminar a corrupção no país pelo formato da estrutura governamental.
Segundo dados divulgados pela DW, constam na edição de 2020 do índice que avalia a percepção da corrupção no sector público de 180 países, na qual a Guiné-Bissau situa-se na posição 168, ao contrário do ano passado que era 165.
Por: Braima Sigá/radiosolmansi com Conosaba do Porto
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