O ministro do Ambiente e Biodiversidade, Viriato Luís Soares Cassamá, admitiu esta segunda-feira que a má construção do canal do Impernal, que liga o Rio Geba e Rio Mansoa, diminui a produtividade e aumenta as inundações das bolanhas.
O governante fez essa observação durante o ateliê do processo de acreditação para o Fundo Verde para o clima com as partes interessadas, organizado pela direção-geral do ambiente, no quadro da implementação do projeto Readiness ou Readness (prontidão), que consiste na preparação da Guiné-Bissau para aceder ao financiamento do Fundo Verde para o clima.
No seu discurso, o Ministro do Ambiente e Biodiversidade explicou que o objetivo da cimeira do Projeto Readiness do Fundo Verde para o Clima visa apoiar o governo da Guiné-Bissau, através da Autoridade Nacional Designada, no fortalecimento das capacidades nacionais no planeamento eficaz e eficiente para aceder, gerir, implementar e monitorar o financiamento climático através do Fundo Verde.
O Fundo Verde para o Clima é o maior fundo colocado à disposição da convenção do quadro das Nações Unidas para as alterações climáticas na luta contra os efeitos nefastos das alterações climáticas.
Em reação aos efeitos negativos dos fenómenos naturais que nos últimos tempos têm causado enormes danosmateriais e deixado muitos familiares guineenses sem teto, Viriato Cassamá notou que o fato deve-se, em grande medida, à má construção do canal que liga o Rio Geba ao Mansoa, o que fez com que a produtividade, na zona amontante, diminuísse drasticamente.
Contudo, sublinhou que o governo tem projetos para restabelecer os serviços de ecossistemas do Rio Mansoa, refazer a ponte e reconstruir as bolanhas para atenuar o fluxo das inundações que se registam, sobretudo na época das chuvas.
Em representação do diretor geral do Instituto Da Biodiversidade e das Áreas Protegidas (IBAP), Abílio Rachid Said sublinhou que é importante a realização do atelier porque com a potencialidade do fundo verde para o clima, o país mobilizou poucos recursos, por isso é bom que as instituições nacionais conheçam e aprendam, com a maior intensidade, a aceder aos recursos do fundo verde para o clima.
Uma das atividades do Programa Prontidão, no âmbito dos trabalhos que o país tem vindo a desenvolver para poder aceder aos fundos do Fundo Verde para o clima, consiste na identificação das possíveis entidades do setor público e privado que poderão ser entidades acreditadas pelo fundo Verde para o clima, de forma a promover o financiamento para a implementação das prioridades de programação da Guiné-Bissau a nível da mitigação e da adaptação climática.
Perante este assunto, o ministro do ambiente e Biodiversidade, Viriato Luís Soares Cassamá, disse que as entidades acreditadas pelo Fundo Verde para o clima terão como principal função desenvolver e enviar propostas de financiamento de projetos e programas e a gestão, implementação e administração dos recursos e instrumentos financeiros e mobilização de capital do setor privado.
Na sua visão, o primeiro passo consiste na reunião com várias organizações, onde se explicará todo o processo relacionado com a acreditação para que se possa identificar as potenciais organizações interessadas.
Por: Noemi Nhanguan
Foto: NN
Conosaba/odemocratagb
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