O chefe de Estado-Maior General das Forças Armadas guineenses, Biagué Na Ntan, anunciou hoje que a sua principal missão é "trazer a estabilização definitiva" à Guiné-Bissau.
Biagué Na Ntan foi reconduzido por mais cinco anos no cargo pelo Presidente guineense, Umaro Sissoco Embaló.
O general Na Ntan, que falava no ato de receção de cumprimentos por parte de oficiais das Forças Armadas, disse ter três lemas para os próximos cinco anos: Estabilização definitiva do país, criação de escolas de formação para militares e polícias e a recuperação de casernas militares.
"Sem a estabilização ninguém vai investir na Guiné-Bissau, nem nacionais, nem estrangeiros", observou o chefe do Estado-Maior General das Forças Armadas, recebendo respostas afirmativas às suas perguntas sobre se os presentes queriam, ou não, a estabilização do país.
Numa sala com mais de 100 oficiais superiores das Forças Armadas guineenses, Biagué Na Ntan disse que a sua recondução no cargo se deveu a um trabalho conjunto e à "obediência vertical" das suas diretrizes de comando.
"Sofremos juntos, fomos insultados juntos, acabamos por fazer um bom trabalho, mas falta cumprir a mais importante que é duplicar as conquistas alcançadas até aqui", afirmou Na Ntan.
O chefe do Estado-Maior General das Forças Armadas referiu que a paz e o desenvolvimento na Guiné-Bissau dependem apenas dos militares desde que estes saibam assumir a sua missão constitucional, e que se depender da atual liderança, os guineenses "podem dormir descansados".
Biagué Na Ntan notou que não é fácil dirigir as Forças Armadas, mas tem tido êxito por nunca tomar medidas sozinho, enfatizou.
"Dirigir as forças armadas não é pela musculação, não é pela força", destacou o general Na Ntan, anunciando que tem muitos sonhos, nomeadamente a formação de mais jovens militares e o regresso do Exército guineense às missões de manutenção da paz.
Biagué Na Ntan, nomeado chefe do Estado-Maior General das Forças Armadas pela primeira vez em 2014 pelo então Presidente guineense, José Mário Vaz, foi reconduzido pelo atual chefe de Estado, Umaro Sissoco Embalo, em 13 de agosto.
Sissoco Embaló justificou a recondução no cargo do general por ser um dos "responsáveis institucionais pela estabilização das Forças Armadas" e "pelo seu distanciamento das querelas políticas".
Embaló destacou também que o general Biagué Na NTan nunca se deixou instrumentalizar e que "sempre norteou a sua atuação com base no respeito pelos princípios da subordinação das Forças Armadas ao poder político e à autoridade democrática".
Conosaba/Lusa
Foto condecoração Biaguê
Sem comentários:
Enviar um comentário