O economista guineense, Paulo Gomes, afirmou este sábado, 25 de maio de 2019, que é urgente a nomeação do novo governo como forma de preparar a defesa e salvar o país das ameaças que não apenas a da droga, mas também as ameaças internas e externas que podem ser extremamente graves para além dos desafios económicos.
Paulo Gomes falava à imprensa depois da manifestação organizada pelos partidos que constituem a maioria parlamentar na Assembleia Nacional Popular e no espaço da concertação. Na ocasião, Gomes disse que todos os países da sub-região estão, neste momento, numa situação de emergência, assim é preciso procurar meios para a defesa contra as ameaças que passa necessariamente pela nomeação do novo executivo.
“Das duas uma, ou Presidente da República não está consciente da gravidade da situação atual do país e pensa que vai resolver o problema dele, ignorando o fato de que temos que ter um governo para preparar o país contra as ameaças que não são só da droga, mas também ameaças internas e externas extremamente graves contra os quais necessitamos de um novo governo. Portanto, não podia ficar sem associar essa marcha de hoje a outras manifestações para que o Chefe de Estado nomeie o novo primeiro-ministro”, salientou o ex-candidato independente nas últimas eleições presidenciais ganhas por José Mário Vaz.
Questionado sobre se, enquanto Economista, como interpreta a mensagem do Fundo Monetário Internacional (FMI) sobre a fragilidade do país, Paulo Gomes assegurou que o FMI esteve até diplomático porque a linguagem que deve utilizar em relação à atual situação do país deveria ser mais seca e dura, mas diz esperar que os guineenses percebam, principalmente os economistas. Adiantou que a situação atual do país é grave e José Mário Vaz não tem consciência que, para além da questão da falência do Estado e de toda a nossa economia poder criar uma subversão a nível nacional que pode desestabilizar a Guiné-Bissau, é da responsabilidade do Chefe de Estado a nomeação do novo governo o mais rápido possível.
Questionado ainda se poderá concorrer às eleições primarias do Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC) para presidenciais, Gomes respondeu que o mais importante neste momento seria termos um primeiro-ministro para salvar o país, e que as ambições pessoais de cada um de nós viriam depois.
“Eu sempre fui militante do PAIGC e representei a Guiné-Bissau e o PAIGC quando tinha 11 anos na União Soviética. Quando somos enviados para representar o país e o partido nessa idade, está claro que ele somos maduros politicamente e temos consciência do nosso engajamento, mas insisto que a minha prioridade é termos um novo governo e trabalhar para salvar o país”, revelou.
Por: Aguinaldo Ampa
Foto: A.S
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