Inspector da PJ, Fernando Jorge Barreto.
O Advogado igualmente Presidente da Liga Guineense dos Direitos Humanos (LGDH) considera de “um espectáculo deprimente” a audição do Inspector coordenador da operação da Polícia Judiciária (PJ), no Ministério Público (MP), no caso da Operação “Arroz do Povo”
Hoje (11), o MP ouviu o Inspector da PJ, coordenador das investigações da operação “Arroz do Povo” Fernando Jorge Barreto.
Á saída da audição, Augusto Mário da Silva disse que o Ministério Público apresentou um conjunto de documento de “proveniência duvidosa” onde a PJ não enviou autos de audição sobre o processo.
Em relação ao mandato da detenção do ministro da Agricultura Desenvolvimento Rural que gera confusão no Palácio do Governo, Augusto Mário da Silva apela o Ministro do Interior a proceder a retirada dos agentes da Polícia da Ordem Pública para a condução do processo da PJ que visa aa detenção do ministro Nicolau dos Santos.
Por seu turno, o Advogado do Inspector da PJ, José Paulo Semedo, disse que a atitude do MP é de beneficiar alguém e sobretudo assustar o coordenador das investigações do paradeiro de arroz doado pelo governo Chinês.
Entretanto, o director Adjunto da Policia Judiciária, Domingos Monteiro Correia, garantiu que a operação “Arroz do Povo” vai continuar até a “descoberta da verdade” material dos factos.
Na sua página de internet, a Liga dos Direitos Humanos diz que o país está perante um “golpe institucional” que visa perpetuar a impunidade e, por conseguinte, desmantelar os alicerces do estado de direito.
A liga sustenta as suas palavras no facto de um número considerável dos efectivos da Polícia de Intervenção Rápida foi colocado na residência do Ministro da Agricultura, alvo de um mandado de detenção, cuja execução foi impedida pelos mesmos agentes.
“Aqueles que estão por de trás destes actos ilegais de obstrução à Justiça, devem saber que cedo ou tarde, serão igualmente responsabilizados judicialmente. Num estado de direito, todos os cidadãos estão sujeitos ao escrutínio da justiça, sobretudo, aqueles cujas actuações consubstanciam em prática de actos ilícitos”, lê-se na mesma página.
Para a Ligam, nada vale resistir contra uma ordem judicial utilizando “mecanismos ilegais” que ajudam a opinião pública reforçar a convicção de culpabilidade e “é importante que todos os implicados neste processo, observem a serenidade e o respeito escrupuloso das leis em vigor na Guiné-Bissau, mormente, as atribuições e competências das instituições judiciárias e os direitos, liberdades e garantias dos suspeitos”.
Por: Elisangila Raisa Silva dos Santos/radiosolmansi com Conosaba do orto
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