As
vezes falar das etnias na Guiné-Bissau fica difícil, isso divido a
heterogeneidade étnica que se encontra no país, ou seja, somos um país que é
constituído por diferentes grupos étnicos. A pergunta que fica é: Será que essa heterogeneidade é um problema
ou uma benção?
Para
falar da falta de unidade entre os guineenses, muitos costumam apontar para o
alto grau de heterogeneidade étnica e religiosa que se encontra na Guiné-Bissau.
No entanto, esquecendo dos verdadeiros responsáveis para essa situação
(PROBLEMA), tanto étnico, e religioso, quanto social e econômico. Como é sabido,
as memórias são fragmentadas e o sentido de unidade vai depender da junção dos
fragmentos constituído pelo individuo, seus desejos, seu passado e as
oportunidades existentes no seu cotidiano.
A
nação guineense como um fenômeno imaginário é a bases que sustenta o Estado, e
esse processo se constituiu historicamente. Sendo assim, o Estado tem papel de
dar a manutenção a esse imaginário. Mas na Guiné-Bissau tudo acontece de forma
ao contrária. Os dirigentes em vez de criar ambiente que vai proporcionar uma
convivência harmoniosa entre os guineenses, estimulam a separação entre grupos
étnicos, e na maioria das vezes conseguem manipular um grande número de
população.
Para
Cahen, “o processo de produção da identidade é uma ‘invenção’ permanente, à uma
trajetória” (2001, p.129). Nessa perspectiva, não é a Guiné-Bissau que vai
criar os guineenses, mas sim, a existências das pessoas que sintam essa guineendadi. Porém, à o que é necessário para cultivar essa guineendadi?
E,
primeiramente, para que exista sentimento de pertencimento (guineendadi), as autoridades devem levar
para essas populações vantagens sociais,
ou seja, tem que haver algo em troca, caso contrário, o próprio Estado provoca
reações ante estatais.
A identidade nacional se constitui como uma unidade de certa forma
frágil à medida que não está isenta das divisões, das diferenças do jogo de
poder e das contradições. Nesse sentido, a inclusão social dos sujeitos
nacionais para além de suas características religiosas ou étnicas passara a ser
fundamental no fortalecimento da ideia de pertencimento. É bom que haja trocas
benéficas entre as políticas públicas e os governados
para que o indivíduo se identifique e se sinta
parte de um todo.
Nó pensa guiné, Nó cultiva guineendadi!!!!!
Por: Salomão Moreira Focna
Referência
Bibliografia
CAHEN, Michel. Lusitanidade, «
lusofonidade » e modernidade: Um mergulho nos conceitos de identidade e de
Nação. Espiteme, Porto, 2001.
KOHL.
Christoph. Construindo
a nação na África pós-colonial: o exemplo de Guiné-Bissau. Tensões
Mundiais, 2011.
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