segunda-feira, 29 de abril de 2019

«OPINIÃO» "A NAÇÃO E FRAGMENTAÇÕES ÉTNICAS NA GUINÉ-BISSAU!!!" - ESTUDANTE, SALOMÃO MOREIRA FOCNA

As vezes falar das etnias na Guiné-Bissau fica difícil, isso divido a heterogeneidade étnica que se encontra no país, ou seja, somos um país que é constituído por diferentes grupos étnicos. A pergunta que fica é: Será que essa heterogeneidade é um problema ou uma benção?  

Para falar da falta de unidade entre os guineenses, muitos costumam apontar para o alto grau de heterogeneidade étnica e religiosa que se encontra na Guiné-Bissau. No entanto, esquecendo dos verdadeiros responsáveis para essa situação (PROBLEMA), tanto étnico, e religioso, quanto social e econômico. Como é sabido, as memórias são fragmentadas e o sentido de unidade vai depender da junção dos fragmentos constituído pelo individuo, seus desejos, seu passado e as oportunidades existentes no seu cotidiano.

A nação guineense como um fenômeno imaginário é a bases que sustenta o Estado, e esse processo se constituiu historicamente. Sendo assim, o Estado tem papel de dar a manutenção a esse imaginário. Mas na Guiné-Bissau tudo acontece de forma ao contrária. Os dirigentes em vez de criar ambiente que vai proporcionar uma convivência harmoniosa entre os guineenses, estimulam a separação entre grupos étnicos, e na maioria das vezes conseguem manipular um grande número de população.  
   
Para Cahen, “o processo de produção da identidade é uma ‘invenção’ permanente, à uma trajetória” (2001, p.129). Nessa perspectiva, não é a Guiné-Bissau que vai criar os guineenses, mas sim, a existências das pessoas que sintam essa guineendadi. Porém, à        o que é necessário para cultivar essa guineendadi?    

E, primeiramente, para que exista sentimento de pertencimento (guineendadi), as autoridades devem levar para essas populações vantagens sociais, ou seja, tem que haver algo em troca, caso contrário, o próprio Estado provoca reações ante estatais. 

A identidade nacional se constitui como uma unidade de certa forma frágil à medida que não está isenta das divisões, das diferenças do jogo de poder e das contradições. Nesse sentido, a inclusão social dos sujeitos nacionais para além de suas características religiosas ou étnicas passara a ser fundamental no fortalecimento da ideia de pertencimento. É bom que haja trocas benéficas entre as políticas públicas e os governados para que o indivíduo se identifique e se sinta parte de um todo.
Nó pensa guiné, Nó cultiva guineendadi!!!!!

Por: Salomão Moreira Focna
Estudante de Sociologia/UNILAB
Referência Bibliografia
CAHEN, Michel. Lusitanidade, « lusofonidade » e modernidade: Um mergulho nos conceitos de identidade e de Nação. Espiteme, Porto, 2001.

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