Guiné-Bissau: continua a saga do arroz doado pela China e desviado
Continua a saga do "arroz do povo" doado à Guiné-Bissau pelo governo chinês e apreendido pela Polícia Judiciária em propriedades de um ministro e de um conselheiro do Presidente, alegadamente desviadas para proveito próprio.
A China doou 2638 toneladas de arroz à Guiné-Bissau num valor de cerca de 3 milhões de dólares, mas parte dele foi desviado e apreendido pela Polícia Judiciária neste mês de Abril.
Agora é o ministério público que vem instar a PJ para no prazo de cinco dias devolver os cerca de 800 sacos de arroz, apreendidos no início do mês num armazém em Tchalana, situado numa propriedade do ministro da agricultura Nicolau dos Santos.
36 toneladas de arroz que teriam sido desviado em proveito pessoal pelo ministro, segundo as investigações da PJ, que até tentou prender o ministro no passado dia 11 de Abril, mas uma outra força policial - os guardas do governante impediram a sua detenção.
O ministério público diz agora que a PJ agiu fora do mandado judicial que recebeu, ao efectuar buscas e apreensões em lugares onde não tinha autorização do Ministério Público, ou seja na propriedade do ministro.
Os cinco agentes da PJ que estão envolvidos nas operações de busca e apreensão do arroz chinês desviado, vão ter agora que responder em processos, que lhes serão movidos pelo Ministério Público por crimes de violação de domícilio, sequestro r dano qualificado.
De recordar que a PJ confiscou também 36 toneladas deste "arroz do povo" doado pela China na região de Bafatá, alegadamente na propriedade da empresa Cuba Lida, cujo dono é Botché Candé, antigo ministro do interior e conselheiro especial do Presidente José Màrio Vaz.
Para já a PJ não possui mandado para este caso.
Conosaba/http://pt.rfi.fr/
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