O presidente da Associação de Exportadores da Guiné-Bissau, Mamadu Iero Djamanca, disse, esta sexta-feira, que a campanha de comercialização e exportação de caju não está a correr bem.
«A campanha não está a correr bem, desde o mato até aos armazéns, e há razões para isso», afirmou Mamadu Iero Djamanca, depois de um encontro com o primeiro-ministro para analisar a campanha e durante a qual foi pedido a todos para darem uma contribuição para que as coisas corram melhor.
Segundo Mamadu Iero Djamanca, o Governo tem de contar à população à verdade e dizer que o problema não é só da Guiné-Bissau, «está a acontecer em todos os países da sub-região», embora considere que é necessário melhorar o preço que está a ser feito pelo produtor.
A campanha de comercialização e de exportação de castanha de caju na Guiné-Bissau teve início a 30 de março com um preço de referência de 500 francos cfa (cerca de 0,75 cêntimos de euro) por quilogramas, mas os agricultores, que se têm queixado de falta de compradores, têm estado a vender a castanha a cerca de 300 francos cfa (cerca de 0,45 cêntimos de euro).
Mamadu Iero Djamanca admitiu que seria possível comprar a castanha de caju ao produtor a 500 francos cfa, desde que o preço de mercado o permitisse.
«Mas há muitos países a produzir caju e que não produziam no passado e os países que tradicionalmente produzem caju têm este ano problemas muito graves e ainda não conseguiram vender este ano o seu caju», explicou.
Para Mamadu Iero Djamanca, um outro problema é que «naqueles países não pagam as taxas e impostos para exportar» e «os exportadores guineenses não conseguem concorrer», salientando que os custos portuários «também são bastante elevados».
«Vamos negociar um meio-termo, um ponto de equilíbrio e vamos fazer o nosso trabalho de casa», rematou.
Conosaba/Lusa
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