O primeiro-ministro da Guiné-Bissau, Aristides Gomes, disse hoje que não consegue controlar "greves políticas", referindo-se à paralisação de 21 dias decretada pelos sindicatos de professores que está a impedir milhares de crianças de irem à escola.
"As greves políticas nós não podemos controlar. Existem greves por razões políticas, por aqueles que querem abater o Governo para fazerem participar o maior número de gentes para que se possa fazer o assalto aos cofres de Estado. Nós conhecemos essa lógica. São as próprias populações da Guiné-Bissau que se têm de erguer a determinado momento a dizerem basta", afirmou Aristides Gomes.
O primeiro-ministro guineense falava aos jornalistas durante uma conferência de imprensa, que decorreu no Ministério das Finanças em Bissau para fazer um balanço sobre o processo eleitoral e dos cinco meses do seu Governo.
Os professores das escolas públicas da Guiné-Bissau iniciaram no dia 01 uma greve de 21 dias para exigir a aplicação do Estatuto de Carreira Docente, bem como o pagamento dos retroativos inerentes à aplicação daquele estatuto.
"Não se pode compreender que depois do esforço que nós fizemos ainda haja gente que ache que antes de irmos a eleições nós estamos em condições de pagar dívidas contraídas há mais de 15 anos", lamentou.
Aristides Gomes disse também que gostaria de responder àquela expetativa, salientando que "seria uma proeza extraordinária".
O primeiro-ministro salientou ainda que os professores foram beneficiados pelo reajuste salarial levado a cabo pelo Governo que aumentou quase todos os ordenados.
Conosaba/Lusa
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