O investigador e linguista Incanha Intumbo, da Guiné-Bissau, vai ser o próximo diretor-executivo do Instituto Internacional de Língua Portuguesa (IILP), anunciou a Comunidade de Países de Língua Portuguesa (CPLP).
O nome do guineense foi aprovado por unanimidade num encontro de representantes da CPLP na terça-feira, 25 de setembro, num hotel em Nova Iorque, à margem da Assembleia-Geral das Nações Unidas, e anunciado pelo Presidente de Cabo Verde, Jorge Carlos Fonseca, na qualidade de presidente em exercício da comunidade lusófona.
A Guiné-Bissau, representada na reunião pelo ministro dos Negócios Estrangeiros, João Butiam Có, que apresentou em Nova Iorque o nome de Incanha Itumbo para a direção do IILP.
O nome devia ter sido indicado em julho, na cimeira da CPLP, na ilha do Sal, em Cabo Verde, mas na altura o Governo guineense pediu mais tempo para o fazer e comprometeu-se a apresentar o candidato em setembro.
O linguista guineense formado em Coimbra sucede no cargo à moçambicana Marisa Mendonça.
O IILP tem um orçamento de 300 mil euros, mas a sua ação tem sido limitada devido à falta de financiamento, tendo em conta os atrasos no pagamento das quotas por parte de alguns Estado-membros da CPLP. Antes da cimeira do Sal, o instituto tinha dívidas de quotas que ascendiam a 800 mil euros.
Outra questão discutida na reunião foi a data da posse do próximo secretário-executivo da CPLP, Francisco Ribeiro Telles, de Portugal, mas ficou definida apenas entre dezembro e janeiro, sendo que a atual secretária, a são-tomense Maria do Carmo Silveira, vai cessar funções em dezembro deste ano.
No encontro em Nova Iorque, em que participaram três chefes de Estado – Marcelo Rebelo de Sousa(Portugal), Jorge Carlos Fonseca (Cabo Verde) e Teodoro Obiang (Guiné Equatorial) – foram ainda discutidos os processos eleitorais futuros no espaço da lusofonia: presidenciais no Brasil, autárquicas em Moçambique, legislativas, autárquicas e regional em São Tomé e Príncipe e legislativas na Guiné-Bissau.
Os vários países da CPLP disponibilizaram equipas de observadores para acompanharem todos os processos eleitorais.
A presença do Presidente angolano, João Lourenço, também era esperada na reunião, o que não aconteceu, não tendo sido dada nenhuma explicação para a ausência.
Conosaba/lusa
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