A plataforma dos cinco partidos políticos extraparlamentar exige do governo a elaboração “urgente” de um novo cronograma eleitoral e a declaração expressa de inviabilidade da data de legislativa
A exigência da plataforma foi transmitida, esta terça-feira (25), pelo porta-voz do colectivo, Silvestre Alves, líder do Movimento Democrático Guineense (MDG), durante a conferência de imprensa para tornar pública as posições do grupo que engloba a Resistência da Guiné-Bissau/Movimento Bafatá (RGB); o Manifesto Democrático Guineense (MDG); o Partido Africano para a Liberdade Organização e Progresso (PALOP); o Partido Democrático para o Desenvolvimento (PDD); e o Manifesto do Povo, relativamente á indefinição e a deriva em que o processo eleitoral se encontra.
“A plataforma exige do governo a declaração expressa de inviabilidade da data de 18 de novembro de 2018, à face da lei em vigor, a elaboração urgente de um novo projecto de cronograma eleitoral e o convite expresso a todos os partidos legalizados para a abertura imediata de negociações ainda no decurso desta semana, para a criação de consensos e soluções que viabilizem a realização de eleições num prazo não superior a noventa dias”, exige.
A plataforma responsabiliza ainda o chefe de Estado e do Governo pelo impasse que prevalece sobre o processo eleitoral. Apesar de responsabilizar estas duas figuras a plataforma assegura que a demissão do actual governo, nesta altura, agravariam ainda o sofrimento do povo.
“A plataforma responsabiliza o primeiro-ministro e o presidente da Republica pelo impasse que prevalece por se terem desviado da prioridade nacional, preferindo governar e solicitar apoios a favor das suas campanhas e interesses pessoais, apesar da responsabilidade directa e pessoal dos dois titulares. A plataforma tem consciência de que a demissão do governo, nesta altura, agravaria o sofrimento do povo e apenas favoreceria agendas inconfessas”, admite.
Os cinco partidos políticos extraparlamentar agrupados numa plataforma que assumem como expressão da consciência política da necessidade de construir entendimentos para viabilizar um projecto político alternativo de salvação nacional, exorta a comunidade internacional a assumir o seu papel de modo a garantir que o processo em curso respeita os prazos e os procedimentos legais.
“Exortamos a comunidade internacional (…), por conseguinte, para criar as condições básicas de liberdade, da justiça, da transparência e da regularidade do ato de legitimação democrática, por forma a evitar novo ciclo de incertezas e instabilidade”, diz.
O país está a porta de mais um processo eleitoral (marcada para 18 de Novembro) depois de uma crise política de quase 4 anos, enquanto isso as opiniões divergem em relação a realização das eleições na data marcada embora a CEDEAO exorta os guineenses a engajarem-se para que a data de 18 de Novembro não seja adiada.
Por: Elisangila Raisa Silva dos Santos / Braima Siga/radiosolmansi com Conosaba do Porto
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