O antigo Presidente da República de Transição da Guiné-Bissau, Serifo Nhamadjo, mostrou-se disponível para concorrer às eleições presidências de 2019, caso for chamado pelo seu partido, o Partido Africano para a Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC).
“Como militante do PAIGC estou disponível para concorrer às eleições presidências de 2019, caso receber apoio dos militantes do meu partido, ainda bem que estou bem de saúde”, argumentou Nhamadjo.
O político e dirigente do PAIGC, que foi Chefe de Estado da Guiné-Bissau entre 2012 e 2014, após o golpe de Estado de 12 de Abril, falava à Radio Jovem na passada quinta-feira (19.06), à margem dos trabalhos da reunião Deslocalizada da Comissão Mista da Comunidade Económica dos Estados da Africa Ocidental (CEDEAO), que decorreu em Bissau.
Em 2012, Nhamadjo participou nas eleições presidências como candidato independente por discordar, na altura, com o formato da seleção para escolha do candidato do partido, através da aclamação de acordo com estatutos, mas que foi revertido no último congresso do PAIGC para o voto secreto dos militantes.
"Aconteceu no passado por uma razão que hoje o novo estatuto do PAIGC deu-me
a razão, porque lutei sempre que a seleção do candidato seja através do voto secreto, mas infelizmente agora a ideia que defendi na altura já esta plasmada no estatuto do partido”, vincou Nhamadjo.
Convidado a comentar o seu relacionamento com atual direção do PAIGC, liderado por Domingos Simões Pereira, o antigo Presidente da República, considera-o de ótimas, porque participou no congresso e em todas as reuniões do partido, assim que foi convocado.
Visto pelos mais próximos como um dirigente exemplar nas fileiras do partido, Nhamadjo, aproveitou ocasião para abordar atualidade política do país, nomeadamente o consenso alcançado por dois maiores partidos do país para formação do atual executivo, liderado por Aristides Gomes.
De acordo com a rádio Jovem, para o político o acordo alcançado entre o PAIGC e o Partido da Renovação Social (PRS), deve fazer os guineenses aceitarem a coabitar na diversidade para estabilidade da Guiné-Bissau.
De recordar que Aristides Gomes foi escolhido durante a Cimeira dos Chefes do Estado e do Governo da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO), realizada no mês de Maio, em Lomé, capital do Togo.
Conosaba/Notabanca
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