quinta-feira, 28 de junho de 2018

O BATISMO DO “ESCRITOS NO SILÊNCIO

Das mãos do poeta Adolfo Maria (comentador da RDP e RTP-África) o “Escritos no Silêncio” foram batizados nestes termos: “ Aos dezanove anos de idade, Carlos Vaz fazia um poema que terminava assim: Criança/Ajuda-me a compreender o mundo... 

Os seus poemas, produzidos desde 1973 a 2013, portanto durante quarenta anos, só agora os publicou neste livro. Eu, que também procurei compreender o mundo em lutas várias, talvez compreenda porque é que Carlos Vaz tardou a publicar a sua poesia. Possivelmente a explicação é dada pelo próprio autor no extenso poema, escrito em 1982, que ocupa treze páginas do livro e se intitula “Ode ao Silêncio”... Carlos Vaz termina assim o poema “Ode ao Silêncio”: Enquanto isso não acontecer/ Para que não desvaneça em mãos alheias/ Prefiro ser um náufrago do meu silêncio/Até um Dia... 

Resta-me de deixar a todos os presentes esta interrogação dos versos finais do seu poema “Liberdade”: Será que um dia/ A Liberdade/Dominará as mentes humanas?

O escritor Mário Máximo que considera que os “Escritos no Silêncio” é uma obra de grito pela Liberdade, Nacionalidade versos Cidadania, Democracia, Amor e de Esperança, citando o prefaciador o historiador e escritor Leopoldo Amado, diz: Carlos Vaz não é, definitivamente, um daqueles au¬tores que dão a imagem torpe de um lorpa, que apenas vê como param as modas. Não é também, em definitivo, aque¬las almas paradas, melancólicas ou desistentes. É, pelo con¬trário, uma alma irrequieta, fáustica e mesmo conquistadora que nos leva, simultaneamente, as aventuras mas também as suas desventuras, sem nunca perder a esperança de uma Guiné-Bissau próspera.

José Luís Hopffer Almada enfatizou a participação de Carlos Vaz, enquanto ativista da antiga Associação de Cabo-verdianos e Guineense e a forma como se conheceram nas ilhas do poeta Jorge Barbosa, a quem o autor dedica um poema “Horizonte”.

Lisboa 27 de junho de 2018
Carlos Vaz

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