segunda-feira, 25 de junho de 2018

ALGUMAS ZONAS DO PAÍS SEM TRIBUNAL A FUNCIONAR


A população do sector Farim – região de Oio, norte do país, continua preocupada com a falta do tribunal naquela localidade e com o consequente aumento de criminalidade e de impunidade. A mesma situação verifica-se em Buba, o Tribunal Regional de Sul continua sem magistrados do Ministério público

As preocupações dos populares de Farim foram manifestadas pelo régulo (poder tradicional) local, Abulai Cissé, depois do encontro com o governador da região de Oio onde em cima da mesa estava também a situação da actual infra-estrutura do tribunal local.

O régulo diz ainda que os populares são obrigados a custar as suas próprias despesas para verem os casos tratados noutros tribunais do sector.

“Queremos pelo menos um Juiz no tribunal de Farim para não precisarmos deslocar para outras zonas só para ver os nossos casos tratados pela justiça. É muito difícil fazer chegar um caso no tribunal e as vezes percorre-se todo o caminho a pé. E, muitas vezes o dono do processo é que custa o deslocamento dos delegados locais (…) isso inclui a passagem da ida e volta”, denuncia.

Abulai promete continuar a luta para que o sector tenha um juiz.

“O facto já é do conhecimento do novo governador. O tribunal de Farim não tem condições apropriadas para o alojamento do pessoal e nem tem mínimas condições para o funcionamento”, explica

Igualmente o Tribunal Regional de Sul, e Buba, continua sem magistrados do Ministério Público para os populares a situação é preocupante.

O tribunal de Buba recebe casos das ilhas de Bubaque e de Bolama. A situação da criminalidade é frequente naquela zona e os populares queixam-se de impunidade.

Na maioria dos sectores os tribunais funcional em condições precárias e casas arrendadas e, devido ao atraso no pagamento do aluguel, vários foram despejados e os documentos deitados nas ruas. Alguns tribunais funcionam debaixo das árvores.

O governo através dos parceiros tem reabilitado alguns tribunais do país para fazer chegar a justiça aos mais vulneráveis.

Por: Elisangila Raisa Silva dos Santos/radiosolmansi com Conosaba do Porto

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