Os Sindicatos que constituem a Frente Social (SINDEPROF, FRENAPROFE, SINETSA e SINQUASS), ameaçaram esta segunda-feira, 10 de março de 2025, paralisar os sectores da educação e da saúde durante cinco dias, de 24 a 28 do mês em curso, por causa daquilo que consideram “falta de responsabilidade” do governo em resolver as exigências dos sindicatos, que são o pagamento de dívidas e atender alguns pontos estratégicos constantes no caderno reivindicativo.
O anúncio da terceira vaga de greves convocada pela frente social este ano, foi tornado público pelo porta-voz da Frente Social, Yoio João Correia, em conferência de imprensa realizada no escritório do Júlio António Mendonça, na qual acusa o executivo da falta de interesse em resolver problemas sociais.
A Frente Social exige entre outros pontos constados, no caderno reivindicativo consultado por O Democrata, as condições de trabalho, o desbloqueamento de salários de alguns professores e técnicos de saúde pelo governo, a questão de autogestão nas escolas públicas, a nomeação dos diretores nos setores de saúde e da educação sem terem a mínima preparação para exercerem cargos de diretores de hospitais e de serviços.
A conferência de imprensa visou anunciar a entrega do caderno reivindicativo aos ministérios da educação e da saúde do governo de iniciativa presidencial liderado por Rui Duarte de Barros para exigir o pagamento de dívidas e requalificação dos quadros do setor da educação e da saúde.
O porta-voz da Frente Social explicou que, desta vez decidiram avançar com a paralisação de uma semana dos setores da educação e da saúde, devido ao desprezo do governo em preocupar-se com os problemas da educação e da saúde. Revelou que durante as duas últimas vagas de greve, ambas realizadas em fevereiro último, não houve nenhuma comunicação por parte do executivo no sentido de evitarem as paralisações.
Em relação a setor da saúde, Yoio João Correia disse que a situação de novos ingressos continua a piorar, “porque estão com catorze meses ou seja mais de um ano a trabalhar, sem terem os salários em dia enquanto funcionários públicos”.
Sobre a situação da efetivação e reintegração dos técnicos da saúde, disse ainda que estão a receber um pouco os seus ordenados, mas os seus processos de efetivação não estão em andamento.
Ainda sobre o setor da educação, lembrou que fez-se a confirmação a nível da educação para ocuparem vagas de professores ausentes, mas lamenta que os professores cujas situações foram confirmadas não recebem ainda os seus salários.
O sindicalista assegurou que a sua organização está com espírito aberto para o diálogo com o governo a fim de chegarem a um entendimento para a resolução dos problemas dos setores da educação e da saúde.
Por: Carolina Djeme
Conosaba/odemocratagb
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