Bissau – A Justiça guineense instou a coligação PAI-Terra Ranka, na Guiné-Bissau, a retirar o nome do seu líder na lista de candidatos a deputados. Domingos Simões Pereira diz que é uma manobra do regime instalado em Bissau para o afastar da corrida às próximas eleições presidenciais.
O Supremo Tribunal deu à coligação PAI-Terra Ranka até ao final do dia desta quinta-feira, 7 de Novembro, para retirar o nome de Domingos Simões Pereira, enquanto cabeça-de-lista e ainda que a coligação criada em 2023, apresente a acta constitutiva da plataforma eleitoral.
O Supremo considera que a coligação PAI-Terra Ranka foi criada para as eleições legislativas de 2023, logo não poderá ter validade, se não for renovada numa assembleia de partidos, para tomar parte em novas eleições.
A plataforma Terra Ranka tem outro entendimento: Diz que se a coligação foi criada para as eleições cuja legislatura foi interrompida ao meio, com a dissolução do parlamento em Dezembro passado, a mesma plataforma ainda é válida para as eleições subsequentes.
Diz, ainda, a plataforma Terra Ranka que recentemente os partidos signatários da coligação fizeram uma reunião da qual produziram uma adenda que o Supremo Tribunal já tem na sua posse.
Quanto à exigência de retirada do nome de Domingos Simões Pereira das listas da plataforma Terra Ranka, o próprio Simões Pereira diz que é uma pretensão fundamentada pela tentativa de o impedir de participar nas eleições presidenciais.
O líder do PAIGC lembra que o processo que o Procurador-Geral da República interpôs contra si no Supremo Tribunal ainda não foi julgado, logo não existe nada que o possa impedir de concorrer às eleições.
Pereira deu o exemplo, o agora eleito Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que disse, tem mais de 30 processos judiciais em cima, mas por não ter nenhum que tenha transitado em julgado foi eleito Presidente dos Estados Unidos.
Domingos Simões Pereira afirma que é chegada a hora de pedir ao povo guineense para sair à rua e manifestar-se contra a tentativa de impedimento de adversários à corrida eleitoral.
Por: Mussá Baldé
Conosaba/rfi.fr/pt
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