Este contrato assinado entre o governo de Umaro Sissoco Embaló e a China Aluminium Corporation (CAC) para a exploração de bauxite em Boé é um exemplo flagrante da má gestão dos recursos naturais da Guiné-Bissau. Mais uma vez, o governo entrega uma parte significativa do nosso património natural e histórico a interesses estrangeiros, sem qualquer garantia de que o povo guineense será o principal beneficiário desta exploração.
Em vez de proteger os recursos que pertencem a todos nós, escolhem cedê-los de forma apressada e irresponsável, como se não tivéssemos aprendido nada com os fracassos anteriores, como o caso da Bauxite Angola. É vergonhoso que o governo continue a sacrificar a soberania e o futuro do país por acordos de curto prazo, que só servem interesses alheios.
Transformar Boé, símbolo da luta pela nossa independência, numa mera fonte de riqueza para outros, é um insulto à história da Guiné-Bissau e ao sacrifício de todos os que lutaram pela nossa liberdade. Este contrato não representa desenvolvimento; representa submissão e abandono dos nossos princípios.
Olávio Silva
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