segunda-feira, 20 de novembro de 2023

PM RECONHECE QUE O HOSPITAL NACIONAL SIMÃO MENDES PRECISA DE ATENÇÃO ESPECIAL DO GOVERNO

O primeiro-ministro, Geraldo Martins, afirmou esta segunda-feira, 20 de novembro de 2023, que o Hospital Nacional Simão Mendes precisa de uma atenção muito especial de toda a gente, mas particularmente do governo, porque é o principal centro hospitalar de referência da Guiné-Bissau.

Geraldo Martins falava aos jornalistas após ter visitado diferentes departamentos que fazem parte do maior centro hospitalar do país, acompanhado pelo ministro da saúde pública, Domingos Malú, e da Secretária de Estado da Gestão Hospitalar, Cadija Mané, no qual disse que Simão Mendes recebe fluxos enormes dos pacientes, porém muitos pacientes que ali frequentam deveriam ser tratados nos centros de saúde em alguns bairros da capital, o que tem criado a superlotação daquele hospital e que isso é um grande problema.

O chefe do governo constatou que há falta de pessoal, sobretudo profissionais de saúde, assim como algumas zonas do hospital, de ponto de vista de infraestrutural, precisam ser reabilitadas, porque algumas salas foram encerradas devido à infiltração da água de chuva, atrasos no pagamento de subsídios e salários de alguns contratados, sublinhando que é necessário fazer algo no curto prazo de tempo para resolver as situações constatadas durante a visita.

“Temos também uma ideia a médio prazo, para transformar o Hospital Nacional Simão Mendes em um hospital de grande qualidade e existem várias propostas em cima de mesa que estamos a considerar, porque entendemos que este o maior centro hospitalar do país deve ser a nossa fina-flor na Guiné-Bissau. E é por isso que o executivo irá continuar a trabalhar para gradualmente resolver os problemas existentes. Sabem que há duas semanas, houve uma decisão do governo, através do conselho de ministros, para reintegrar os quadros técnicos de saúde que estavam fora do sistema”, sublinhou.

Geraldo Martins disse que não é possível ter um sistema de saúde com falta de profissionais de saúde, começando pelo próprio Simão Mendes, centros de saúde no interior do país, mas existem técnicos de saúde que estão disponíveis, mas não estão no sistema.

Acrescentou que a partir do mês de Janeiro de 2024, aqueles profissionais serão reintegrados, mas também existe um programa de formação que inclui intercâmbios com outros países no sentido de melhorar o pessoal médico para realizar melhor atendimento à população guineense.

Questionado sobre a falta de Stock de sangue no Hospital Nacional Simão Mendes, Geraldo Martins assegurou que o sangue é uma questão muito sensível e infelizmente tem uma sociedade em que as pessoas não têm hábito fazer doação de sangue por razões ligadas à nutrição e a dificuldade de alimentação acabam por desenvolver anemias, de maneira que nem toda gente é propícia a dar sangue, mesmo assim a direção do hospital prometeu que estão a trabalhar neste assunto para ultrapassar a situação de falta de sangue no hospital nacional.

“O Hospital Nacional Simão Mendes tem a volta de 650 camas, pessoal efetivo 600 e contratados mais de 100 pessoas. Enquanto hospital de referência, a sua principal missão é receber casos que não podem ser tratados nos centros de saúde, mas neste momento mesmo os casos que podem ser tratados nos centros de saúde periféricos acabam por ser levados para o Simão Mendes e essa situação congestiona. Essa situação deve ser resolvida pelo ministro da saúde, através de uma campanha de sensibilização para que a população passe a frequentar os centros de saúde mais perto dos bairros, dando assim fôlego ao maior centro hospitalar”, sublinhou.

O chefe do executivo anunciou que brevemente chegarão ambulâncias ao país que passarão a fazer triagem de casos mais

ligeiros e encaminhar os pacientes para centros de saúde e a longo e médio prazo, o governo pretende construir um hospital materno infantil para as crianças, o que não existe no país e ao mesmo tempo também pensar na possibilidade de construir outro hospital regional para que o Simão Mendes passe a ser um hospital nacional de referência.

Por: Aguinaldo Ampa
Conosaba/odemocratagb

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