O muro que divide os Estados Unidos da América do México, sonhado por Donald Trump, vai continuar a ser construído sob o mandato de Joe Biden, já que o actual Presidente dos Estados Unidos não consegue reverter a atribuição de verbas e que muitos dos seus apoiantes consideram que é importante travar a imigração ilegal no país.
Ao contrário do que prometeu na campanha eleitoral, Joe Biden vai continuar a construir o muro que visa dividir a fronteira entre os Estados Unidos da América e o México, já que as verbas de 2019 já estavam alocadas pelo Congresso e nem o Presidente pode redistribuir este dinheiro para outro tipo de vigilância se os congressistas não concordarem.
Do outro lado da fronteira, o Presidente do México, Andrés Manuel López Obrador, não ficou satisfeito, argumentando que continuar a construir o muro é "um retrocesso".
"Esta autorização para a construção do muro é um retrocesso, porque isso não resolve o problema. É preciso travar as causas (da imigração irregular)", disse o Presidente na conferência matinal, pouco tempo antes de receber o secretário de Estado norte-americano, Anthony Blinken, que está de visita ao país vizinho.
Quem está a comemorar esta medida forçada é Donald Trump que na sua rede social disse que finalmente Joe Biden está "do lado certo" ao construir um novo e lindo muro, questionando porque é que Biden demorou tanto tempo para a agir.
O Presidente estava pressionado não só pelos republicanos, mas também pelas cidades fronteiriças democratas, que têm assistido ao aumento da chegada de migrantes vindos do México, muitos deles vindos de vários países da América Latina. As patrulhas fronteiriças já interceptaram mais de 245 mil pessoas no último ano que tentavam entrar ilegalmente no país. Este novo troço do muro vai ser instalado no Vale do Rio Grande, no Texas.
Por: RFI com Conosaba do Porto
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