O presidente da Associação Nacional dos Trabalhadores Domésticos (ANAPROMED), Sene Bacai Cassamá, entregou uma petição ao presidente da Assembleia Nacional Popular (ANP), exigindo serviços de qualidade na Embaixada de Portugal na Guiné-Bissau.
Sene Bacai Cassamá denunciou que a associação perdeu cento e vinte e cinco milhões francos CFA, por não ter participado no quarto congresso que serviria para construir um centro de formação para as pessoas carenciadas.
Esta segunda-feira, 16 de outubro de 2023, a organização realizou uma marcha pacífica do hotel Hala até ao Parlamento guineense que culminou na embaixada de Portugal em Bissau, sob lema: “basta de conformismo, viva a liberdade”.
Segundo Sene Bacai Cassamá, a ANAPROMED não participou no quarto congresso mundial da Federação Internacional dos Trabalhadores Domésticos realizado na Bélgica de 2 a 5 do mês em curso por culpa da embaixada de Portugal no país e a cumplicidade das autoridades nacionais, sobretudo do ministério dos Negócios Estrangeiros.
“O valor revelado serviria para a construção de um centro de formação profissional para as pessoas mais necessitadas, onde poderiam aprender muitos ofícios e ter rendimentos económicos”, disse.
Sene Bacai Cassamá disse que o ministério de Negócios Estrangeiros não fez nada para mudar a situação.
“O objetivo da marcha é acabar com o serviço de agendamento, da agência global e a abertura de um serviço de atendimento ao cliente, cuja falta se verifica naquela embaixada. Para fazer um agendamento a pessoa precisa pagar mais de 600 mil Francos CFA, o que não acontece nos outros países da CPLP”, criticou e disse que os governantes têm medo de dialogar com a embaixada porque “são pedintes e pessimistas”.
“Tínhamos avisado o embaixador de Portugal que se não conseguíssemos visto, as consequências seriam partilhadas, por isso estamos a marchar contra a atitude da Embaixada de Portugal”, assinalou e disse que devido ao anúncio da marcha a embaixada encerrou os seus serviços hoje.
“O embaixador disse-nos que apenas dá visto a quem quiser, porque não é obrigatório. Isto prova que existe corrupção dentro da embaixada”, sublinhou e lembrou que a embaixada de Portugal solicitou a sua organização alguns documentos para emissão de visto a 14 de outubro, o que “revela o plano da embaixada para impedir a marcha e recusamos porque não havia necessidade de viajar para Portugal”
Durante a marcha, os participantes exibiram cartazes com os seguintes dizeres: queremos visto, abaixo agendamento online feitiço.
Na marcha, participaram várias associações, nomeadamente as associações no Lanta no Difindi no Dritus, dos combatentes que lutaram para Portugal, dos emigrantes e dos estudantes.
Por: Noemi Nhanguan
Conosaba/odemocratagb
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