quinta-feira, 22 de junho de 2023

REPRESENTANTE DO PNUD HOMENAGEADO PELA SOCIEDADE CIVIL DA GUINÉ-BISSAU

O representante residente do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), Tjark Egenhoff, foi homenageado esta quinta-feira, 22 de junho de 2023, pela sociedade civil guineense, pelo seu legado no combate à pobreza e a promoção da dignidade humana.

No seu discurso, o presidente da sociedade civil, FodéCaramba Sanhá, assegurou que a sociedade civil será interlocutora das causas nacionais e dos interesses gerais no seguimento das políticas públicas no estado de direito democrático.

Caramba Sanhá disse que o legado de PNUD TjarkEgenhoff no combate à pobreza e na promoção da dignidade humana será preservado e seguido, pois “saberá contar a real situação exemplar do país, nomeadamente coabitação pacífica, sã convivência social, ambiente de segurança”.

As organizações da sociedade civil dizem ter consciência que o representante residente tem sonhos e vontade de continuar a trabalhar e participar nas importantes reformas almejadas para o país, por isso “será o nossa porta bandeiras”.

Na sua intervenção, o secretário-executivo da ONG Tiniguena, Miguel de Barros, lembrou que o processo de transformação do país tinha de ser feito pelos guineenses, porque o seu papel é criar as possibilidades de construir bases de trabalho que permitam trazer à compreensão para o espaço público e influenciar os programas ao serviço do país.

REPRESENTANTE RESIDENTE DO PNUD DEFENDE DEMOCRATIZAÇÃO DAS NAÇÕES UNIDAS

Por seu lado, o representante residente do PNUD, TjarkEgenhoff, desafiou que todas as organizações internacionais devem fazer diferente, para dar espaço à sociedade civil e todas as instituições que estão na construção da democracia justa e igualitária do país, tendo defendido a democratização das Nações Unidas.

Defendeu que o país precisa de um olhar acompanhante e crítico que possa incluir discussões rumo à procura de soluções conjuntas.

“Acredito que a mudança é possível na Guiné-Bissau”, afirmou, para seguida dizer que os desafios enfrentados no dia a dia fazem com que possa parecer que são grandes demais.

Lembrou de que as atividades realizadas pelo PNUD não são apenas reuniões mensais, mas sim criaram um espaço próprio para a transformação e a lembrança para que os funcionários da sua instituição possam continuar a trabalhar, salientando que “é preciso uma democratização das Nações Unidas”.

“É possível mudar o afastamento que os guineenses viveram ao longo dos tempos da parte das Nações Unidas para o desenvolvimento do país e da própria instituição, por isso aconselho que seria bom repensar o desenvolvimento do país a partir do interior”, disse, assegurando que sempre acreditou de que o sistema das Nações Unidas pode ter uma alma, além dos processos burocráticos, portanto “pode existir o caminho para sonhar, testar e falhar, mas nunca desistir”.

“Não é vital trabalhar apenas com os mesmos parceiros, mas é bom ter a diversidade”, desafiou frisou.

Por: Noemi Nhanguan
Foto: N.N
Conosaba/odemocratagb

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