segunda-feira, 20 de fevereiro de 2023

Vice-presidente do PAIGC: “EXISTE UMA AGENDA PARA DESTRUIR O PARTIDO, É PRECISO UNIRMO-NOS”

O vice-presidente do Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC), Geraldo Martins, revelou no sábado, 18 de fevereiro de 2023, que não há dúvidas para ninguém que existem pessoas com uma agenda explícita para destruir o PAIGC, acabar com aquela formação política na Guiné-Bissau, razão pela qual é preciso união na família dos libertadores.

O político falava na qualidade do orador do tema “Pensamento político e ideológico de Cabral face ao contexto político nacional – Uma visão holística do desenvolvimento”, no segundo dia do seminário de integração e de superação ideológica dirigido aos quadros do PAIGC, a decorrer em Cassacá, sul do país.

Geraldo Martins defendeu que Amílcar Cabral é um homem com dimensão extraordinária, porque ao longo da sua curta vida, foi capaz de mostrar à sociedade e ao mundo em geral que tem a capacidade não só de teorizar, mas também de implementar esse ideal na prática, tendo tido, por essa razão, um reconhecimento enorme a nível mundial.

O dirigente dos libertadores pediu aos militantes e quadros do partido para se lembrarem do lema da unidade e luta na família libertadora, nacionalistas guineenses e aqueles que defendem os valores democráticos, unidos para lutar contra os desígnios malignos de tentar destruir o PAIGC. Martins, adiantou que os militantes do PAIGC devem ser capazes de criticar e autocriticarem-se de forma construtiva, evitando falar nas costas uns dos outros.

Por seu lado, Maria Odete Costa Semedo, oradora do tema “Problemática do processo eleitoral e suas consequências”, assegurou que os quadros do PAIGC têm uma proposta a submeter a direção superior do partido no sentido de pedir uma auditoria internacional ao processo eleitoral em curso no país, para permitir que se saiba se há transparência no processo, e perceber se as pessoas que estão a executar esse trabalho tem ciência para tal.
Maria Odete Costa Semedo sublinhou que para além de auditoria, quer também uma observação eleitoral a longo termo, através do envio de observadores eleitorais da União Europeia, Comunidade dos Países da Língua Portuguesa, União Africana e Comunidade Econômica dos Estados da África Ocidental, 90 dias antes da realização de voto, pra atentarem de forma cabal como o processo está a decorrer, permitindo assim ter uma eleição, limpa, livre, transparente e credível.

Para o líder do Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC), Domingos Simões Pereira, Amílcar Cabral sempre teve de fazer conceções profundas e complexas, através de palavras simples como unidade e luta, como também através de outras fórmulas, de maneira que a determinação para lutar é uma herança que o PAIGC deve assumir com todo o orgulho e preparar-se para vencer.
Domingos Simões Pereira advertiu que as estruturas do partido devem ter maior solidez e consistência no sentido de resolverem alguns diagnósticos levantados durante o seminário. Acrescentou que é preciso preparar o partido para uma governação que não sirva apenas para preservar as conquistas daquela formação política, mas também a favor do povo guineense.

Por: Aguinaldo Ampa
Foto: A.A
Conosaba/odemocratagb

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