Bissau, 16 fév 23(ANG) – O processo de difamação intentado pelo ministro do Turismo e do Laser, Mame Mbaye Niang contra Ousmane Sonko tem pour objetivo impedir a candidatura deste às eleições presidenciais de 25 de Fevereiro de 2024, dizem os apoiantes de Sonko, quinta-feira em Dacar.
Sonko voltou à sua residência em Dacar num carro blindado da polícia senegalesa, após ter ter sido retirado, à força, de sua viatura cujos vidros foram partidos, no seguimento do adiamento do julgamento processo para 16 de Março.
‘’Não se trata de um processo de difamação. É também um processo visando um adversário político neste caso, Ousmane Sonko, cuja vitória nas próximas presidencias é temida”, declarou Bassirou Diomaye Faye, um dos líderes da Coligação Pastef, numa conferência de imprensa.
Faye disse tratar-se de um “processo político” com a finalidade de impedir a candidatura de um adversário político às eleições. “Isso não vai andar”, reforçou.
‘’É preciso que o povo senegalês compreenda o que está em jogo”, acrescentou Bassirou Faye.
A maioria presidencial fez ver as vantagens do líder da oposição, e muitos políticos acabaram por se juntar ao Sonko, e outros foram impedidos de participar nas prsidenciais de 2019, referiu Diomaye Faye.
‘’Quer queiramos quer não, a situação impõe responsabilidade à todo o mundo, não apenas ao Sonko.. Não cabe ao Macky Sall a escolha de candidatos presidenciais de 2024”, sustentou Faye na presença de vários lideres e militantes do Pastef, entre os quais o Deputado Birame Souleye Diop.
O deputado Diop denunciou ser “um processo sem base legal, sem fundamento, ao falar do caso que opõe o ministro do Turismo e do Laser ao líder do Pastef, Ousmane Sonko.
“O que se passou no tribunal é alarmante à todo o ponto de vista...Toda a maquinação é feita para que Ousmane Sonko não seja candidato nas próximas eleições presidenciais”, martelou o deputado.
“Não estamos a lutar apenas pela defesa de Sonko mas sim para un Senegal melhor”, sustentou Maimouna Dièye, uma militante do Pastef, coligação liderada por Ousmane Sonko.
Ousmane Sonko, presidente da Câmara de Ziguinchor, Sul do Senegal, declarou a sua candidatura às presidências de 25 de Fevereiro de 2024.
Encontra-se sob vigilância judiciária há cerca de dois anos, depois de ter sido acusado de violação por uma jovem mulher, Adji Sarr, empregada de um salão de massagem de Dacar.
Na sequência dos dois processos Sonko pode vir a ser privado de certos direitos cívicos inclusive os de votar e ser eleito, se for condenado.
Os advogados de Ousmane Sonko pediram o adiamento do julgamento, e ficou decido que as próximas audiências terão lugar a 16 de Março.
Aberto a 02 de Fevereiro, o processo tinha sido adiado para quinta-feira(16) a pedido dos advogados do presidente da Câmara de Ziguinchor.
Mame Mbaye Niang se juntou ao Ousmane Sonko, terceiro lugar nas eleições de 2019, e tinha sido acusado por um relatório de Inspeção Geral do Estado de ter gerido mal fundos no valor de 29 mil milhões de fcfa, do Programa de domínio agrícola comunitária.
Niang contesta a existência desse relatório e defende agora a justica para acusação de difamação que pesa sobre Sonko.
Conosaba/ANG/APS
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