O Sindicato Nacional dos Professores (SINAPROF) avisa o governo que os discursos doces e açucarados não podem criar estabilidade e sucesso no sector educativo guineense.
“O ano lectivo que hoje se encerra, é caracterizado por um ano de sacrifício, trabalho árduo e espirito patriótico conceituado pelos professores, sobretudo os denominados professores novos ingressos e contratados que trabalharam durante 9 meses sem receber seus salários”, acrescentando que “um ano lectivo caracterizado pela fraca presença dos alunos nas escolas públicas devido as sucessivas greves prolongadas causadas pela falta de vontade política de sucessivos governos e governantes do país. O ensino de qualidade e inclusiva, exige um investimento sério na capital humana e infra-estruturas escolares adequadas, não se pode pensar que, os discursos doces e açucarados, podem criar estabilidades e sucessos no sector educativo”.
Domingos de Carvalho falava na cerimónia do encerramento do ano lectivo, 2021/2022, presidido pelo vice-primeiro-ministro, Soares Sambú, sob lema “Estabilidade e Sucesso no Sistema Educativo Face à Pandemia de Covid-19”.
Já a ministra da Educação Nacional, Martina Munes, defendeu a importância de reforçar a governação e gestão do sector educativo porque os dados apresentados ligados ao sector, “ são lamentáveis”.
“O sistema educativo enfrenta problemas de acesso e retenção apesar de uma taxa de admissão favorável. No primeiro ano de escolaridade correspondente a 158%, apenas 59% chegam o 6º ano da escolaridade, 24% aos 12º anos e cerca de 44% das crianças em idades escolar, não frequentam as escolas, por isso, é urgente e necessário melhorar ainda mais a governança e a sua gestão”, enfatizou a ministra.
Bacar Darame em representação das associações dos alunos convida o Ministério da Educação Nacional a controlar as ofertas das escolas privadas que nem sempre oferecem as mínimas condições exigidas pela lei.
“O governo enquanto entidade com competência de regular e fiscalizar o sistema, deveria financiar e alocar os recursos necessários para puder adaptar as exigências da globalização” exortando depois o ministério da educação nacional no sentido de controlar as ofertas do ensino privada que nem sempre oferece condições mínimas exigidas pela lei, analisar a real motivação de grosso número de alunos que foram para as extraordinárias, o que não é normal para a sua organização.
A nova ministra da Educação Nacional comprometeu que no momento oportuno, o executivo vai honrar os seus compromissos para minimizar as dificuldades verificadas no ano lectivo findo sobretudo, no que diz respeito ao pagamento de salários aos professores novos ingressos e contratados.
Por: Diana Bacurim/radiosolmansi com Conosaba do Porto
Sem comentários:
Enviar um comentário