Bissau, 13 nov 2020 (Lusa) - O Presidente guineense, Umaro Sissoco Embaló, disse hoje que está "muito satisfeito" com a forma como a classe médica do país tem lidado com a pandemia provocada pelo novo coranavirus.
Sissoco Embaló visitou hoje o Hospital Nacional Simão Mendes em Bissau, local onde são internados e tratados a maioria das pessoas infetadas pela covid-19 e aproveitou para se dirigir ao pessoal médico do país.
"Vim cá encorajar-vos pelo vosso papel durante esta pandemia do coronavírus. Estou muito satisfeito com o vosso empenho", declarou o Presidente guineense, para salientar que o pessoal médico "deve ser visto como combatente" pelo desenvolvimento da Guiné-Bissau.
O chefe de Estado enfatizou que o pessoal médico "deve ser acarinhado", não só pela forma como tem vindo a lidar com a covid-19, mas por ter preferido ficar no país "quando muitos decidiram partir" para o estrangeiro.
O líder guineense aproveitou a ocasião para apelar para que a classe médica seja "mais bem organizada", lembrando que tem como papel fundamental salvar vidas humanas.
"Quero apelar ao Bastonário da Ordem dos Médicos para que organize a classe. Que o ginecologista trate das mulheres, urologista trate das mulheres, pediatra cuide de crianças e que o generalista consulte toda a gente, agora não podemos aceitar que sejam feitos ensaios no corpo de pessoas porque em caso de erro medico é morte certa", defendeu Embaló.
O Presidente guineense exortou o ministro da Saúde, António Deuna, que o acompanhou na visita ao Simão Mendes, que não pode ser permitido que um estudante mal saia da universidade entre diretamente a consultar pessoas.
"Vou ser implacável com isso", declarou Sissoco Embaló, frisando que a Saúde e a Educação sempre foram a sua prioridade enquanto servidor público.
Embaló disse que vai falar com outros países para que disponibilizem médicos especialistas reformados para que venham apoiar o sistema de Saúde guineense.
"Por exemplo no Senegal, um especialista vai à reforma aos 60 anos, é uma idade que a pessoa ainda pode trabalhar aqui", observou o líder guineense, que promete também formar quadros médicos no estrangeiro.
A Guiné-Bissau regista 43 mortos e 2.419 casos da covid-19.
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