Por: yanick Aerton
DJURTU ICA MANGASSON, DJURTU I RAÇA
FIDALGO, FORÇA DE DJURTU INA PḖ HOOO.
CA BO CUDI NINGUIM HOO, PABIA BOLA I RODONDO SUMA NUNCA NOMIS CATA DJUGA, BO CONTINUA FASSI EXFORÇO PA NO GUINE,
Depois de uma boa
exibição da nossa equipa nacional de futebol, não podia ficar de braços
cruzados sem expressar a minha satisfação, manifestar a minha solidariedade e
encorajamento.
Os Djurtus fizeram o jogo
possível, e se comportaram como verdadeiros PATRIOTAS para defender
as cores nacionais.
A Guiné Bissau é um país
repleto de grandes potencialidades, em termos de recursos humanos, para a
prática do desporto, desde o colectivo (basketball, football, voleyball,
etc.) até ao individual (judo, karaté, luta,
natação,
boxe). Costumo dizer que em cada 10 Guineenses há um Messi,
um CR7,
mas a falha vem dos sucessivos governos, desde a independência nacional el 1973,
situação possível de ser corrigida, se houver vontade política.
Porém, a potencialização
desses recursos depende dos indispensáveis apoios que o governo deve prestar as
associações desportivas na prossecução dos objectivos que traçam nas suas
políticas.
Um desses apoios é a
atenção e o acompanhamento das autoridades em relação aos jovens Guineenses
nascidos na diáspora, ou levados para lá na idade menor, pensarem no país de
origem, por forma a escolherem a defesa das cores nacionais.
Temos que parar e
perguntar porque é que os Brumas, os Fatis, os Danilos,
etc., não jogam pela equipa da Guine Bissau? Quem tem dúvidas que
se esses grandes jogadores fossem Senegaleses, não jogariam noutra equipa que
não fosse nos Leões da Teranga?
Nesse particular, o
Senegal é um dos países africanos que mais se destaca, daí a razão porque
muitos dos seus jogadores que alinham na equipa nacional, nem sequer tinham
pisado alguma vez o solo Senegalês antes da sua integração ou
falavam o Wolof. Como exemplos, temos o Habib Beye,
Djomansi Kamara, Demba Ba, etc.
Em relação aos Mendys
e Gomis,
que são originários da Guiné-Bissau, só pelo fato de terem
nascido no Senegal ou serem levados para lá na idade menor, são
convencidos a defender as cores do Senegal. Por outras palavras, a
diplomacia senegalesa nesse aspecto é de longe superior a muitos países
africanos, porque basta terem conhecimento de um atleta destacado, com o
apelido de Seck, Ndiaye, Sal, Sy, Ly, Mendy ou Gomis, é logo contactado e
convencido a integrar os Leões.
E é isso que faz a força
da equipa nacional senegalesa que, de forma alguma, é superior à nossa, porque
se provou ontem no estádio nacional 24 de Setembro, porque não fosse a
expulsão do nosso jogador o resultado seria diferente porque o mais que o Senegal
poderia conseguir era um empate, mas não sair vitorioso.
Os dois guarda-redes do Senegal
são Mandjakus da Guiné-Bissau. O próprio coach
cisse, o pai nasceu em Calequisse e tem mais de cinquenta
por cento da sua família no país. Outros bons jogadores que atuam nos Blues,
equipa da França são nossos, os Mendys, os Gomis, mas o que é que
temos feito para atraí-los?
Por isso, aconselha-se ao
Governo no sentido de dar todo o apoio necessário à FFGB para terem condições
de levar o nosso futebol a um patamar mais alto, porque é possível.
Não sei se há um
Guineense conhecedor do futebol capaz de afirmar que na nossa sub-região haja
equipas superiores aos Djurtus.
A superioridade das
outras equipas consiste precisamente nos apoios que beneficiam dos seus países
para conseguirem, para cumprirem com os planos estratégicos traçados pelas respectivas
federações.
Como podem os Djurtus
produzir mais do que estão a produzir, se não defrontam as outras equipas em
torneios de amizade, pá midi força?
Quantos jogos de amizade
que os Djurtus fizeram antes deste encontro capital de ontem, ou noutros
encontros que realizavam?
Tudo isso são factores
que impedem os Djurtus de dar mais daquilo que estão a dar, e é preciso que os
Guineenses compreendam isso e continuem a acreditar nos seus meninos.
E chegado o momento de as
autoridades mudarem de paradigma e darem todo o apoio necessário à FFGB para
criar as indispensáveis condições que permitam a nossa equipa nacional ser mais
competitiva, para nos dar a tão adiada alegria – a conquista de uma taça
continental.
Rapazes, representaram a Guiné-Bissau
com dignidade e continuem nessa senda!
Continuando unidos, VENCEREMOS!
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