Faleceu o antigo internacional argentino Maradona, considerado um dos melhores futebolistas de todos os tempos.
Aos 60 anos, o antigo jogador do Nápoles, Barcelona, Sevilha e Boca Juniors, entre outros clubes, não resistiu a uma paragem cardiorrespiratória.
O mundo do futebol parou esta quarta-feira, em choque pela perda de um autêntico fora de série, um rebelde dentro e fora de campo, que assinou algumas das páginas mais memoráveis do desporto-rei.
A começar, claro, pelo Campeonato do Mundo do México, em 1986, onde assinou um golo do outro num jogo dos quartos de final que, por ser contra a Inglaterra, era muito mais do que apenas um jogo de futebol. Maradona arrancou do meio-campo defensivo, fintou cinco adversários e o guarda-redes antes de atirar para a baliza, isto já depois de ter protagonizado um lance que nunca será esquecido.
Uma saída em falso de Peter Shilton permitiu a Maradona "cabecear" para o fundo das redes. Cabecear, claro, entre aspas, porque na verdade, o golo foi marcado com a mão, num momento que ficou conhecido para a eternidade como a "Mão de Deus".
A Argentina acabaria por se sagrar campeã mundial em 1986, batendo a Alemanha na final (3-2), adversário com quem perderia, outra vez com Maradona na equipa, o jogo decisivo do Mundial de Itália, em 1990. Quatro anos depois, Maradona brilhava no Campeonato do Mundo dos Estados Unidos, quando acusou positivo num controlo anti-doping e foi afastado da competição.
Foi uma das muitas polémicas que marcaram a carreira de um futebolista que ficou conhecido com "D10S". E não é à toa. O eterno 10 é uma autêntica divindade em Nápoles, depois de ter conduzido o clube a dois títulos de campeão transalpino, uma Taça e uma Supertaça, além da Taça UEFA de 1988/89. E também, claro, na Argentina natal, onde até existe uma Igreja Maradoniana.
Aos 60 anos, o craque dos craques despede-se do mundo dos vivos e torna-se, de uma vez por todas, uma lenda do futebol e do desporto mundial.
Conosaba/Lusa
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