quarta-feira, 4 de abril de 2018

APU-PDGB ACUSA PRESIDENTE DA REPÚBLICA DE SER RESPONSÁVEL PELO NÃO FUNCIONAMENTO DAS INSTITUIÇÕES


O vice-presidente da Assembleia do Povo Unido - Partido Democrático da Guiné-Bissau (APU -PDGB) afirmou que José Mário Vaz não conseguiu apresentar nenhuma alternativa ao país desde que derrubou o governo de domingos Simões Pereira.

Juliano Fernandes fez estas observações à margem da deposição de coroas de flores na campa de Kumba Yalá que hoje completa 4 anos do seu desaparecimento físico.

«O presidente da Republica é o primeiro responsável para sossegar e unir o povo guineense, promover o funcionamento regular das instituições da Republica permitindo o governo e Assembleia Nacional Popular funcionar para resolver os problemas deste povo. Mas infelizmente falhou completamente desde que derrubou o governo de Domingos Simões Pereira, não conseguindo apresentar o país nenhuma alternativa de estabilidade governativa. Vamos responsabilizar-lhe porque de facto não cumpriu com obrigações Constitucionais, com as atribuições e competências adquiridas constitucionalmente para ser garante da estabilidade governativa e da democracia», lamenta Juliano Fernandes.

Por outro lado, considerou de inadmissível ter um primeiro-ministro sem consenso de todas as forças políticas para pôr fim a crise. “Os guineenses estão a viver num mundo ilusório sem pensar neste povo. O governo demissionário continua a fazer sabe-se lá o que sem ser controlado ou fiscalizado (…) o país está em completa anarquia”, diz.

Entretanto, sublinhou que Kumba Yalá vai deixar falta que o partido APU vai preencher.

"Kumba Yalá é impulsionador da democracia guineense"

O presidente em exercício do partido da Renovação Social (PRS) afirmou que Kumba Yalá é o impulsionador da democracia na Guiné-Bissau.

Certório Biote falava momento antes de depositar as coroas de flores na campa de Kumba Yala falecido há quatro anos. “ Kumba foi o homem que fez com que a democracia guineense teve um crescimento acelerado por ser um homem honesto que só sabe dizer a verdade”.

Entretanto, Joana Kobdé Nhanca, presidente da fundação Kumba Yalá e igualmente sua irmã sublinhou que Kumba não teve o reconhecimento que merecia.

“ Não há reconhecimento porque todos aqueles que estavam a volta dele eram amigos de momento, amigos de dinheiro que depois de tudo não se lembram mais dele”.

Kumba Yalá foi presidente da Guiné-Bissau de Fevereiro de 2000 até Setembro de 2003, altura em que foi derrubado, num golpe de Estado, pelos militares. Morreu, em circunstâncias ainda por esclarecer, de doença súbita, no dia 04 de Abril de 2014

Por: Nautaran Marcos Có/radiosolmansi com Conosaba do Porto


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